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16/11/2006
-
15h22
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O coronel Rufino da Silva Ferreira, presidente da comissão que investiga a queda do Boeing da Gol ocorrida no último dia 29 de setembro em Mato Grosso, informou nesta quinta-feira que só deverão ser divulgadas conclusões sobre o caso em dez meses. Neste período, os profissionais --inclusive norte-americanos-- que integram a comissão deverão terminar de coletar dados técnicos sobre a colisão do Boeing com um Legacy e analisá-los.
O acidente com o Boeing é o maior da história aeronáutica brasileira. Ele caiu depois de bater, no ar, em um Legacy pertencente à empresa norte-americana de táxi aéreo ExcelAire. Os 154 ocupantes do avião comercial morreram. Mesmo avariado, o Legacy conseguiu pousar, e seus sete ocupantes --seis norte-americanos-- saíram ilesos.
Nesta quinta-feira, Ferreira afirmou que, de acordo com os dados obtidos pela comissão, as duas aeronaves colidiram frontalmente às 16h56m54s do dia 29. Provavelmente, de acordo com ele, colidiram a asa esquerda do Legacy com a asa esquerda do Boeing.
O coronel confirmou que controladores de tráfego aéreo que acompanharam os dois vôos em algum momento deverão ser ouvidos, durante as investigações.
No final de outubro, o delegado da PF (Polícia Federal) Renato Sayão, responsável pela investigação sobre o acidente naquele órgão, tentou ouvir os controladores ligados ao acidente, mas todos faltaram. Eles alegaram estar sob tratamento psiquiátrico e psicológico.
O relatório preliminar divulgado hoje pela comissão corresponde apenas à primeira fase dos trabalhos de investigação, segundo Ferreira. O cronograma apresentado pelo presidente da comissão prevê, após a fase de coleta de dados, que ainda deverá se estender por alguns dias (além dos 45 previstos), uma etapa de análise das informações, o que deve levar 90 dias. Alguns dados considerados importantes, como o depoimento dos controladores de vôos e nova conversa com os pilotos do Legacy, ainda deverão ser colhidos nos próximos dias.
A terceira fase será de conclusões preliminares e rascunhos (ou minuta), que levará 120 dias, já que inclui consultas a representantes de organismos internacionais. Em seguida, os 30 dias subseqüentes, serão dedicados à elaboração das conclusões finais e recomendações (30 dias), para a preparação do relatório final, nos 30 dias finais.
Entretanto, algumas recomendações de segurança de vôo poderão ser elaboradas pela comissão a fim de evitar novos acidentes ou condições de risco mesmo antes da conclusão da investigação.
Diante da ansiedade dos jornalistas em saber as causas do acidente, Ferreira fez questão de destacar que o único objetivo da investigação é a prevenção de acidentes ou incidentes, e não o do apontamento de culpa ou responsabilidade civil.
Colaboraram GABRIELA MANZINI e CAROLINA FARIAS, da Folha Online
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Investigação sobre queda do Boeing da Gol deve durar dez meses
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da Folha Online, em Brasília
O coronel Rufino da Silva Ferreira, presidente da comissão que investiga a queda do Boeing da Gol ocorrida no último dia 29 de setembro em Mato Grosso, informou nesta quinta-feira que só deverão ser divulgadas conclusões sobre o caso em dez meses. Neste período, os profissionais --inclusive norte-americanos-- que integram a comissão deverão terminar de coletar dados técnicos sobre a colisão do Boeing com um Legacy e analisá-los.
O acidente com o Boeing é o maior da história aeronáutica brasileira. Ele caiu depois de bater, no ar, em um Legacy pertencente à empresa norte-americana de táxi aéreo ExcelAire. Os 154 ocupantes do avião comercial morreram. Mesmo avariado, o Legacy conseguiu pousar, e seus sete ocupantes --seis norte-americanos-- saíram ilesos.
Nesta quinta-feira, Ferreira afirmou que, de acordo com os dados obtidos pela comissão, as duas aeronaves colidiram frontalmente às 16h56m54s do dia 29. Provavelmente, de acordo com ele, colidiram a asa esquerda do Legacy com a asa esquerda do Boeing.
O coronel confirmou que controladores de tráfego aéreo que acompanharam os dois vôos em algum momento deverão ser ouvidos, durante as investigações.
No final de outubro, o delegado da PF (Polícia Federal) Renato Sayão, responsável pela investigação sobre o acidente naquele órgão, tentou ouvir os controladores ligados ao acidente, mas todos faltaram. Eles alegaram estar sob tratamento psiquiátrico e psicológico.
O relatório preliminar divulgado hoje pela comissão corresponde apenas à primeira fase dos trabalhos de investigação, segundo Ferreira. O cronograma apresentado pelo presidente da comissão prevê, após a fase de coleta de dados, que ainda deverá se estender por alguns dias (além dos 45 previstos), uma etapa de análise das informações, o que deve levar 90 dias. Alguns dados considerados importantes, como o depoimento dos controladores de vôos e nova conversa com os pilotos do Legacy, ainda deverão ser colhidos nos próximos dias.
A terceira fase será de conclusões preliminares e rascunhos (ou minuta), que levará 120 dias, já que inclui consultas a representantes de organismos internacionais. Em seguida, os 30 dias subseqüentes, serão dedicados à elaboração das conclusões finais e recomendações (30 dias), para a preparação do relatório final, nos 30 dias finais.
Entretanto, algumas recomendações de segurança de vôo poderão ser elaboradas pela comissão a fim de evitar novos acidentes ou condições de risco mesmo antes da conclusão da investigação.
Diante da ansiedade dos jornalistas em saber as causas do acidente, Ferreira fez questão de destacar que o único objetivo da investigação é a prevenção de acidentes ou incidentes, e não o do apontamento de culpa ou responsabilidade civil.
Colaboraram GABRIELA MANZINI e CAROLINA FARIAS, da Folha Online
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