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10/12/2006 - 17h07

Kassab se esquiva de protestos na "inauguração" da Oscar Freire

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), recebeu protestos durante a inauguração da nova cara da Oscar Freire (zona oeste de SP) na tarde deste domingo (10). Conhecida como um dos centros de consumo de luxo paulistano, a rua serviu de palco para cerca de 20 pessoas se manifestarem contra o aumento no transporte público concedido pelo prefeito no dia 28 de novembro.

Diógenes Muniz/Folha Imagem
Kassab e Matarazzo enfrentam protestos na Oscar Freire
Kassab e Matarazzo enfrentam protestos na Oscar Freire
Usando narizes de palhaço, apitos e cantando ("Dança Kassab, dança até o chão. Aqui é o povo contra o aumento do busão"), os jovens se dirigiram ao prefeito enquanto ele falava à imprensa sobre as obras na região, que ainda estão incompletas. A Guarda Civil Metropolitana cercou o prefeito e o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo.

Questionado sobre o aumento de 15% do ônibus, Kassab disse defender "a menor passagem possível". "Da parte da prefeitura, essa é a menor", concluiu. Sobre a forma como as manifestações foram repreendidas pela Polícia Militar nas semanas anteriores, o prefeito afirmou não ter "acompanhado" os atos para comentar se houve excessos. A comitiva da prefeitura terminou sua participação na cerimônia mais cedo, dirigindo-se ao carro oficial por volta das 13h20.

A reforma da Oscar Freire custou R$ 8,5 milhões, dos quais R$ 4,5 milhões pagos pela prefeitura, R$ 3 milhões pela operadora de cartões American Express e R$ 1 milhão dividido entre os lojistas. Neste domingo, entulhos tomavam calçadas próximas à rua Bela Cintra. Alguns trechos continuavam sem calçamento. Kassab prometeu que as obras acabam até a próxima semana. E ainda defendeu a importância da reforma, apesar do custo: "Foi uma decisão acertada, pois beneficia o consumo na cidade de São Paulo." O governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), também passou pelo local --despercebido pelos estudantes.

Repercussão

Diógenes Muniz/Folha Imagem
Kassab enfrenta protesto de estudantes
Kassab enfrenta protesto de estudantes
Para a presidente da associação dos lojistas e representante da Dior no Brasil, Rosângela Lyra, o ato foi "completamente equivocado". "Essa gente é muito chata. Aposto que os pais deles andam de carro", criticou. Segundo, Ana Morbach, do Movimento do Passe-Livre, a idéia do ato, classificado como "escracho", era "chamar a população e constranger o prefeito para mostrar que há um problema objetivo junto ao povo."

Danilo Calazans, 17, foi do Taboão da Serra (Grande São Paulo) até os Jardins para tocar tambor pela ONG Arrastão, que trabalha com crianças carentes. "Não sabia que tinha gente protestando aqui. Acho da hora, porque pego ônibus, mas pulo a catraca sempre." Já Nivia Costilas, 40, freqüentadora da Oscar Freire, não concordou com o ato. "Esse aumento é um problema que não tem nada a ver com a festa de hoje."

A passagem dos ônibus passou de R$ 2 para R$ 2,30. A dos trens e do metrô subiu de R$ 2,10 para também R$ 2,30. A integração com o bilhete único (que dá direito a uma viagem de metrô ou trem e até três de ônibus) passou de R$ 3 para R$ 3,50. O ato foi organizado pela Frente de Luta Contra o Aumento da Tarifa, que reúne movimentos e entidades como o Movimento Passe Livre e o Movimento Humanista.

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