Publicidade
Publicidade
28/12/2006
-
12h14
da Folha Online
Balanço divulgado na tarde desta quinta-feira pela Secretaria da Segurança Pública mostra que a onda de violência que atingiu o Rio entre a madrugada e o início da manhã deixou 18 pessoas mortas. Das vítimas, sete estavam em um ônibus que foi queimado e morreram carbonizadas. Há feridos.
A partir da 0h, os criminosos atacaram a tiros delegacias, carros e cabines da Polícia Militar. No início da manhã, um posto policial no Alto da Boa Vista também foi atacado. Quatro ônibus foram queimados.
Para o secretário da Segurança Pública, Roberto Precioso, a ordem para os ataques partiu de presos, que temem mudanças na administração penitenciária a partir de 2007, com a troca de comando do governo do Estado, e o endurecimento do regime disciplinar.
Ele afirmou que a série de ataques não foi organizada por uma única facção, mas por criminosos que se uniram em torno de interesses comuns para pressionar o governo a, mais tarde, negociar concessões e privilégios. Uma das preocupações dos criminosos seriam os prejuízos financeiros causados por ações do governo, como as de repressão ao tráfico de drogas.
Precioso descartou que a série de ataques tenha sido motivada contra ações de milícias em morros da cidade, hipótese levantada inicialmente. No dia 12 de dezembro, reportagem publicada pela Folha mostrou que milícias formadas por policiais, ex-policiais, bombeiros, agentes penitenciários e militares já expulsaram traficantes de comunidades e ocuparam favelas.
Ataques e mortes
A onda de violência atingiu diferentes pontos e levou pânico aos moradores do Rio. Entre os 18 mortos estão sete supostos criminosos. Os nomes das vítimas não foram divulgados.
Do total de mortos, sete estavam em um dos ônibus incendiados, da Viação Itapemirim. O veículo havia saído de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e deveria chegar a São Paulo na manhã desta quinta, com 28 passageiros.
O ataque ocorreu no viaduto que liga a rodovia Washington Luiz à avenida Brasil. De acordo com a empresa, alguns passageiros, assustados, fugiram do local e ainda são procurados pelas autoridades. A viação afirma que assumirá as despesas dos traslados dos mortos.
A Polícia Militar informou que três homens apontados por uma testemunha como envolvidos no incêndio foram presos. Eles estão com as mãos queimadas e não teriam apresentado justificativas para os ferimentos.
Durante as ações criminosas, também morreram dois policiais; uma mulher que trabalhava como ambulante em Botafogo, perto de uma cabine da PM atacada; e um homem que ainda não teve o nome confirmado.
Dos sete suspeitos mortos, dois foram baleados depois de tentar atacar uma cabine em Mesquita. Os policiais reagiram e houve tiroteio. Com a dupla, os PMs afirmam ter apreendido uma granada, uma pistola e uma moto que havia sido roubada.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
Leia mais
Empresa divulga nomes de vítimas de ataque a ônibus no Rio
Ações criminosas deixam 18 mortos no Rio; polícia reforça segurança
Governador eleito do Rio admite possibilidade de acionar Força Nacional
Secretário atribui ataques no Rio a possíveis mudanças no setor penitenciário
Polícia anuncia reforço no litoral de São Paulo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o crime organizado
Leia o que já foi publicado sobre ataques contra a polícia
Sobe para 18 o número de mortos em onda de violência no Rio
Publicidade
Balanço divulgado na tarde desta quinta-feira pela Secretaria da Segurança Pública mostra que a onda de violência que atingiu o Rio entre a madrugada e o início da manhã deixou 18 pessoas mortas. Das vítimas, sete estavam em um ônibus que foi queimado e morreram carbonizadas. Há feridos.
A partir da 0h, os criminosos atacaram a tiros delegacias, carros e cabines da Polícia Militar. No início da manhã, um posto policial no Alto da Boa Vista também foi atacado. Quatro ônibus foram queimados.
Silvia Izquierdo/AP |
Pessoas observam ônibus queimado na Cidade Alta durante série de ataques no Rio |
Para o secretário da Segurança Pública, Roberto Precioso, a ordem para os ataques partiu de presos, que temem mudanças na administração penitenciária a partir de 2007, com a troca de comando do governo do Estado, e o endurecimento do regime disciplinar.
Ele afirmou que a série de ataques não foi organizada por uma única facção, mas por criminosos que se uniram em torno de interesses comuns para pressionar o governo a, mais tarde, negociar concessões e privilégios. Uma das preocupações dos criminosos seriam os prejuízos financeiros causados por ações do governo, como as de repressão ao tráfico de drogas.
Precioso descartou que a série de ataques tenha sido motivada contra ações de milícias em morros da cidade, hipótese levantada inicialmente. No dia 12 de dezembro, reportagem publicada pela Folha mostrou que milícias formadas por policiais, ex-policiais, bombeiros, agentes penitenciários e militares já expulsaram traficantes de comunidades e ocuparam favelas.
Ataques e mortes
A onda de violência atingiu diferentes pontos e levou pânico aos moradores do Rio. Entre os 18 mortos estão sete supostos criminosos. Os nomes das vítimas não foram divulgados.
Do total de mortos, sete estavam em um dos ônibus incendiados, da Viação Itapemirim. O veículo havia saído de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e deveria chegar a São Paulo na manhã desta quinta, com 28 passageiros.
O ataque ocorreu no viaduto que liga a rodovia Washington Luiz à avenida Brasil. De acordo com a empresa, alguns passageiros, assustados, fugiram do local e ainda são procurados pelas autoridades. A viação afirma que assumirá as despesas dos traslados dos mortos.
A Polícia Militar informou que três homens apontados por uma testemunha como envolvidos no incêndio foram presos. Eles estão com as mãos queimadas e não teriam apresentado justificativas para os ferimentos.
Durante as ações criminosas, também morreram dois policiais; uma mulher que trabalhava como ambulante em Botafogo, perto de uma cabine da PM atacada; e um homem que ainda não teve o nome confirmado.
Dos sete suspeitos mortos, dois foram baleados depois de tentar atacar uma cabine em Mesquita. Os policiais reagiram e houve tiroteio. Com a dupla, os PMs afirmam ter apreendido uma granada, uma pistola e uma moto que havia sido roubada.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice