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30/12/2006 - 15h53

Comandante da PM diz que situação no Rio está sob controle da polícia

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da Folha Online

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson de Aguiar, disse neste sábado que a situação na região metropolitana do Rio está sob controle da polícia. A onda de violência iniciada na última quinta-feira (28) causou a morte de dez civis e dois policiais militares, além de suspeitos.

Ao programa "Bom dia, governadora", da rádio Tupi, Aguiar afirmou que segurança está garantida para a festa de Réveillon. O coronel afirmou que os ataques não podem ser comparados à onda de atentados promovida em São Paulo pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

"Foram só 13 atentados [no Rio] porque houve uma ação imediata da polícia com 12 confrontos e, até agora, temos um resultado de 14 traficantes mortos, seis fuzis apreendidos, oito granadas e vários artefatos caseiros que também apreendemos durante a madrugada", disse.

Violência

Ações violentas voltaram a ocorrer neste sábado. Durante a madrugada, criminosos atiraram contra o prédio da 34ª Delegacia, em Bangu. Um morador de rua que estava nas proximidades ficou ferido.

Na região da favela Nova Holanda, nas proximidades da avenida Brasil, os policiais apreenderam dois coquetéis molotov, quatro bombas caseiras e um radiotransmissor. Os suspeitos fugiram.

Outra ação ocorreu nas proximidades do Shopping Carioca, em Vicente de Carvalho. Segundo a polícia, criminosos passaram atirando, mas há suspeitas de que se tratava de assaltantes em fuga.

Na Pavuna, um grupo que supostamente se preparava para uma falsa blitz trocou tiros com a PM. Um suspeito morreu.

Em Seropédica, homens invadiram a delegacia e teriam roubado armas. A quantidade não foi confirmada.

Vítimas

Na madrugada de quinta, a série de ataques deixou 18 pessoas mortas. As vítimas foram sete ocupantes de um ônibus da viação Itapemirim, que foi queimado; dois policiais militares; uma vendedora ambulante, um homem e sete suspeitos.

A oitava vítima do ataque ao ônibus morreu na madrugada deste sábado, no Hospital Pedro Segundo. A vítima, identificada como Elias Batista dos Santos, sofreu queimaduras em aproximadamente 70% do corpo e não resistiu aos ferimentos.

O veículo, que havia saído de Cachoeiro de Itapemirim e seguia para São Paulo, foi surpreendido no trevo das Missões, que liga a avenida Brasil à rodovia Washington Luís. Um dos criminosos entrou, roubou passageiros, jogou gasolina no corredor e depois ateou fogo no ônibus, que levava 28 passageiros. Sete morreram na hora, carbonizados, e os corpos serão identificados por meio de exames de DNA.

Motivação

O secretário de Segurança Pública, Roberto Precioso, disse acreditar que as ações tenham sido motivadas por possíveis mudanças na política da administração penitenciária a partir de 2007, com a mudança de governo. Para ele, os presos temem o endurecimento do regime disciplinar, que pode causar prejuízos às facções criminosas.

Já o secretário da Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, disse que as ações foram uma reação às milícias de policiais e ex-policiais que tomam conta de morros e favelas na cidade.

A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) isolou seis presos acusados de terem coordenado a série de ataques, que atingiram ônibus, delegacias, carros e cabines da Polícia Militar. Além dos mortos, a onda violência deixou mais de 20 feridos.

Os presos --entre eles Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco-- foram encaminhados para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) no presídio de Bangu 1 três dias antes das ações violentas --quando o plano teria sido descoberto pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).

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