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10/01/2007 - 15h13

MG fecha mineradora após vazamento de lama; produto não é tóxico

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da Folha Online

O governo de Minas decidiu interditar definitivamente a Mineradora Rio Pomba Cataguases por conta do reincidente vazamento de lama registrado na manhã desta quarta-feira. O vazamento ocorreu na barragem de Miraí (MG) e atingiu o rio Fubá, afluente do rio Muriaé, a exemplo do que ocorrera em março de 2006. Diversas áreas da região ficaram alagadas, e há risco de a mancha de lama chegar ao Rio de Janeiro.

De acordo com uma análise preliminar do Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente), a lama, resultado da lavagem de bauxita, é composta apenas por água e argila e não é tóxica. O sistema estima que tenham vazado dois milhões de metros cúbicos, o equivalente a dois bilhões de litros da substância. Técnicos do Rio também analisarão a lama.

Diversos bairros de Miraí estão alagados. Segundo o Corpo de Bombeiros, a área inundada foi extensa porque, quando o vazamento de lama ocorreu, o rio Fubá estava acima de seu nível por causa das fortes chuvas. Na madrugada anterior, ele já havia transbordado em alguns pontos. Há desabrigados e órgãos da Defesa Civil dos dois Estados trabalham no socorro deles.

Quatro caminhões-pipa foram enviados às regiões alagadas para garantir o fornecimento de água aos moradores, de acordo com a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas). O fornecimento de água em Laje do Muriaé permanece normal.

Rio

Um plano de emergência foi elaborado pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) para tentar minimizar os novos problemas e garantir o abastecimento de água para as cidades de Laje do Muriaé, São José de Ubá, Italva, Cardoso Moreira e Itaperuna. De acordo com a companhia, a lama chegará ao Estado nas próximas 24 horas.

Histórico

Em março de 2006, o vazamento durou três dias. Naquela ocasião, os 400 milhões de litros de resíduos de tratamento de bauxita --água e argila-- atingiram um córrego da região e chegaram ao Rio de Janeiro. Os moradores de Laje do Muriaé tiveram o abastecimento de água suspenso em caráter preventivo, devido à possibilidade de contaminações.

Em 2003, uma barragem pertencente às empresas Cataguases de Papel e Cataguases Florestal também rompeu e provocou o despejo de 1,2 bilhão de litros de resíduos --desta vez, tóxicos-- nos rios Pomba e Paraíba do Sul, atingindo o norte e o noroeste fluminenses.

Outro lado

Por telefone, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Rio Pomba e foi informada de que a empresa irá se manifestar, por meio de uma nota, até o final desta quarta.

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