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12/01/2007
-
10h13
MARIO HUGO MONKEN
RAPHAEL GOMIDE
da Folha de S.Paulo, no Rio
O governo do Estado do Rio de Janeiro pretende pedir ação civil pública contra a empresa Mineração Rio Pomba, em Miraí (MG), mas evitou, por questões políticas, processar a gestão aliada de Aécio Neves (PSDB), em Minas Gerais.
A empresa é a responsável pela barragem que se rompeu, derramando 2 milhões de metros cúbicos de rejeito de bauxita (argila) no rio Muriaé, que abastece parte do noroeste do Rio. Ao menos cinco municípios ficarão sem água por uma semana, segundo a Cedae (Companhia Estadual e Águas e Esgotos).
No governo do Rio e na Cedae, acreditava-se haver elementos suficientes para responsabilizar o Estado vizinho por omissão na fiscalização da empresa --"culpa in vigilando".
Porém, a estreita ligação pessoal e política dos governadores Sérgio Cabral (PMDB) e Aécio e a forma "mineira" de Cabral se articular, poupando atritos com aliados, evitaram a ação judicial. Os dois são amigos há 26 anos, e Cabral foi casado com uma prima de Aécio.
A avaliação do governo fluminense é também que tem havido cooperação da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas), em um reconhecimento da própria culpa.
No entanto, o governo avalia que houve negligência de Minas na fiscalização da empresa, que já tinha sido responsável por outro acidente semelhante --embora em escala menor-- ano passado.
De acordo com o presidente da Cedae, Wagner Victer, hoje está prevista a interrupção do fornecimento de água em Itaperuna, São José do Ubá, Italva e Cardoso Moreira. Pelo menos 100 mil pessoas serão afetadas. Ele descartou a possibilidade de o rio Paraíba do Sul (o principal do Estado) ser atingido.
Caminhões-pipa
Para amenizar o impacto, foram enviados para a região 38 carros-pipa e usadas estações de outras cidades para captar água para os cinco municípios.
O presidente da Cedae disse ainda que a velocidade do rio Muriaé, um dos principais afetados, vem diminuindo, o que atrasou a chegada da mancha ao Estado do Rio.
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RAPHAEL GOMIDE
da Folha de S.Paulo, no Rio
O governo do Estado do Rio de Janeiro pretende pedir ação civil pública contra a empresa Mineração Rio Pomba, em Miraí (MG), mas evitou, por questões políticas, processar a gestão aliada de Aécio Neves (PSDB), em Minas Gerais.
A empresa é a responsável pela barragem que se rompeu, derramando 2 milhões de metros cúbicos de rejeito de bauxita (argila) no rio Muriaé, que abastece parte do noroeste do Rio. Ao menos cinco municípios ficarão sem água por uma semana, segundo a Cedae (Companhia Estadual e Águas e Esgotos).
No governo do Rio e na Cedae, acreditava-se haver elementos suficientes para responsabilizar o Estado vizinho por omissão na fiscalização da empresa --"culpa in vigilando".
Porém, a estreita ligação pessoal e política dos governadores Sérgio Cabral (PMDB) e Aécio e a forma "mineira" de Cabral se articular, poupando atritos com aliados, evitaram a ação judicial. Os dois são amigos há 26 anos, e Cabral foi casado com uma prima de Aécio.
A avaliação do governo fluminense é também que tem havido cooperação da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas), em um reconhecimento da própria culpa.
No entanto, o governo avalia que houve negligência de Minas na fiscalização da empresa, que já tinha sido responsável por outro acidente semelhante --embora em escala menor-- ano passado.
De acordo com o presidente da Cedae, Wagner Victer, hoje está prevista a interrupção do fornecimento de água em Itaperuna, São José do Ubá, Italva e Cardoso Moreira. Pelo menos 100 mil pessoas serão afetadas. Ele descartou a possibilidade de o rio Paraíba do Sul (o principal do Estado) ser atingido.
Caminhões-pipa
Para amenizar o impacto, foram enviados para a região 38 carros-pipa e usadas estações de outras cidades para captar água para os cinco municípios.
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