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18/01/2007 - 21h43

Suspeito de matar 12, ex-policial é preso pela Polícia Federal

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FABRÍCIO FREIRE GOMES
da Folha Ribeirão

O ex-policial civil Ricardo José Guimarães foi preso nesta quinta-feira à tarde em São Paulo pela Polícia Federal. Ele é suspeito de ter praticado, pelo menos, 12 homicídios, além de integrar um grupo de extermínio supostamente formado por policiais, civis e militares que atuou em Ribeirão Preto de 1996 a 2004.

Guimarães foi preso por volta das 15h no bairro Itaquera, zona leste da capital. O ex-policial estava foragido desde junho de 2004, quando saiu pela porta da frente do presídio da Polícia Civil, em São Paulo.

Segundo o Ministério Público Estadual, Guimarães tem pelo menos 12 prisões preventivas decretadas por homicídios praticados em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) e Santana do Livramento (RS). Entre os assassinatos atribuídos ao ex-policial está a morte de Sandro Alberto Lima, o Pezão, dentro da Santa Casa de Ribeirão Preto, em março de 2002 (leia texto nesta página).

No momento da prisão pela PF, Guimarães estava desarmado e acompanhado de uma mulher, que não foi levada pelos policiais. Para evitar o flagrante, o ex-policial chegou a apresentar documentos falsos no nome de Wellington José da Silva. No imóvel onde Guimarães morava, os policiais federais encontraram diversos documentos em nome de outras pessoas, que estariam sendo utilizados pelo ex-policial.

Uma das identidades usadas por Guimarães é a de um expositor de Serrana, Fábio Pacheco, 27. "Eu nunca o vi e não sabia nada disso", afirmou.

Guimarães foi levado para a Superintendência Regional da PF em SP. Até o início da noite, ele estava prestando depoimento. A Folha não conseguiu falar com nenhum delegado responsável pela operação.

Segundo o promotor Luiz Henrique Paccini, integrante de um grupo que investiga os crimes de extermínio em Ribeirão, a prisão de Guimarães pode esclarecer outros casos. "É uma prisão muito importante. Ele praticou tudo isso com outras pessoas. Espero que, agora, ele colabore. Assim que for possível, é importante ele ser ouvido", disse Paccini.

Além da participação no grupo de extermínio, Guimarães também foi investigado na Operação Plata, desencadeada pela PF em 2005 para combater o descaminho e contrabando de mercadorias no país.

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