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26/01/2007
-
10h21
da Folha de S.Paulo
do Agora
da Folha Online
Equipes do Corpo de Bombeiros resgataram o corpo da sétima vítima dos escombros da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, que desabou no último dia 12. Saiba mais sobre as vítimas:
A aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, tinha consulta com seu médico na Lapa, às 14h do dia do acidente. Dali, ela costumava pegar um ônibus, descer no largo da Batata e caminhar até a estação de trem. Seu marido a esperava às 15h30, na estação Santo Amaro, mas ela nunca chegou.
Aposentada, Abigail não gostava de ficar parada. Nadava três vezes por semana, fazia ginástica e apreciava viajar para o interior. Abalado, o marido da aposentada não conseguiu acompanhar as buscas. O corpo foi o primeiro a ser resgatado, na madrugada de segunda-feira (15).
Mãe de três filhos, o corpo da bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37, foi resgatado na noite de terça-feira (16). No dia do acidente, segundo o ex-marido, Wagner Marmit, ela deixou o escritório onde trabalhava, em Pinheiros, e se dirigiu à estação da CPTM para pegar um trem em direção a sua casa, em Carapicuíba (na Grande São Paulo).
Até a localização do corpo, os gêmeos de 11 anos não sabiam que a mãe poderia ser uma das vítimas do acidente. Valéria também deixa uma filha de 18 anos, fruto de um relacionamento anterior ao casamento.
O motorista Francisco Sabino Torres, 48, era funcionário da obra do metrô --trabalhava havia um ano e meio na obra da linha 4.
Desde criança era trabalhador. Aos 12 anos, colhia milho e feijão na zona rural de Joanésia, no interior de Minas Gerais, Estado onde nasceu. Aos 18, ele passou a trabalhar em empresas de construção. Chegou a fazer serviços no Rio de Janeiro. Mas, após o casamento, há 20 anos, decidiu se mudar para São Paulo.
Francisco tinha três filhos: uma moça de 19 anos e dois adolescentes de 14 e 15. O corpo foi resgatado no início da manhã desta quarta. Segundo seu irmão, José Afonso Torres, colegas disseram que o motorista ouviu um estalo antes do acidente, chegou a sair do local, mas foi engolido ao retornar para o caminhão para pegar sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Não era o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, quem deveria sair com a van às 14h51. Ainda não era sua vez. Mas, na sexta-feira, ele chegou mais cedo ao trabalho e saiu uma viagem antes da sua, substituindo um colega.
Essa era, dizem amigos, uma característica de Reinaldo: muito prestativo e sempre disposto a ajudar. Paulista e morador do bairro Maracanã, na zona norte de São Paulo, ele deixa três filhos --dois do primeiro casamento e mais um do segundo.
Antes de ser motorista, foi vendedor de produtos de limpeza. Gostava de jogar bola e de ir a Santos. O corpo foi resgatado tarde desta quinta-feira.
O cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, pediu para que a mulher, Thaís Ferreira Gomes, 20, não pegasse carona em sua van no dia 12 para visitar a mãe.
Grávida do primeiro filho do casal, ela não foi. Wescley foi soterrado com o veículo, com o qual trabalhava há três meses.
Antes, ele era segurança e se tornou cobrador porque estava desempregado havia muito tempo e queria dar uma vida mais tranqüila a Cauã, o filho que deve nascer nas próximas semanas.
O funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31, pretendia trocar de carro neste ano. Ele dirigia apenas nos fins de semana. No dia 12, para resolver um problema do IPTU na subprefeitura de Pinheiros, pegou o microônibus que foi soterrado no buraco do metrô.
Morador de uma travessa da rua Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros, ele saiu de casa logo depois do almoço. Casado, com uma filha de 3 anos, Marcio vivia um bom momento profissional. Trabalhando na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, teve um aumento de salário e queria trocar de carro.
Antes da secretaria, foi funcionário da Defesa Civil e fazia resgates. "É muito triste. Até outro dia, ele participava dos resgates com a gente", disse o amigo Wilson Brandin.
Duas semanas depois do acidente, os bombeiros localizaram o corpo do office-boy Cícero Augustino da Silva, 60. A vítima foi resgatada na madrugada do dia 26.
Ele trabalhava em um escritório de advocacia em Pinheiros e costumava circular na região do desabamento para realizar sua rotina de serviços bancários.
Apesar de familiares afirmarem que ele poderia ter sido soterrado, a polícia, oficialmente, dizia ter informações de seis vítimas e investigava o paradeiro do office-boy. No dia 24, no entanto, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) anunciou a conclusão do inquérito do desaparecimento e admitiu que Silva poderia estar sob os escombros.
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da Folha Online
Equipes do Corpo de Bombeiros resgataram o corpo da sétima vítima dos escombros da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, que desabou no último dia 12. Saiba mais sobre as vítimas:
Divulgação |
A aposentada Abigail Rossi de Azevedo |
Aposentada, Abigail não gostava de ficar parada. Nadava três vezes por semana, fazia ginástica e apreciava viajar para o interior. Abalado, o marido da aposentada não conseguiu acompanhar as buscas. O corpo foi o primeiro a ser resgatado, na madrugada de segunda-feira (15).
Mãe de três filhos, o corpo da bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37, foi resgatado na noite de terça-feira (16). No dia do acidente, segundo o ex-marido, Wagner Marmit, ela deixou o escritório onde trabalhava, em Pinheiros, e se dirigiu à estação da CPTM para pegar um trem em direção a sua casa, em Carapicuíba (na Grande São Paulo).
Até a localização do corpo, os gêmeos de 11 anos não sabiam que a mãe poderia ser uma das vítimas do acidente. Valéria também deixa uma filha de 18 anos, fruto de um relacionamento anterior ao casamento.
O motorista Francisco Sabino Torres, 48, era funcionário da obra do metrô --trabalhava havia um ano e meio na obra da linha 4.
Desde criança era trabalhador. Aos 12 anos, colhia milho e feijão na zona rural de Joanésia, no interior de Minas Gerais, Estado onde nasceu. Aos 18, ele passou a trabalhar em empresas de construção. Chegou a fazer serviços no Rio de Janeiro. Mas, após o casamento, há 20 anos, decidiu se mudar para São Paulo.
Divulgação |
O motorista Francisco Torres |
Francisco tinha três filhos: uma moça de 19 anos e dois adolescentes de 14 e 15. O corpo foi resgatado no início da manhã desta quarta. Segundo seu irmão, José Afonso Torres, colegas disseram que o motorista ouviu um estalo antes do acidente, chegou a sair do local, mas foi engolido ao retornar para o caminhão para pegar sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Não era o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, quem deveria sair com a van às 14h51. Ainda não era sua vez. Mas, na sexta-feira, ele chegou mais cedo ao trabalho e saiu uma viagem antes da sua, substituindo um colega.
Divulgação |
O motorista Reinaldo Aparecido |
Essa era, dizem amigos, uma característica de Reinaldo: muito prestativo e sempre disposto a ajudar. Paulista e morador do bairro Maracanã, na zona norte de São Paulo, ele deixa três filhos --dois do primeiro casamento e mais um do segundo.
Antes de ser motorista, foi vendedor de produtos de limpeza. Gostava de jogar bola e de ir a Santos. O corpo foi resgatado tarde desta quinta-feira.
O cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, pediu para que a mulher, Thaís Ferreira Gomes, 20, não pegasse carona em sua van no dia 12 para visitar a mãe.
Divulgação |
O cobrador Wescley da Silva |
Grávida do primeiro filho do casal, ela não foi. Wescley foi soterrado com o veículo, com o qual trabalhava há três meses.
Antes, ele era segurança e se tornou cobrador porque estava desempregado havia muito tempo e queria dar uma vida mais tranqüila a Cauã, o filho que deve nascer nas próximas semanas.
O funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31, pretendia trocar de carro neste ano. Ele dirigia apenas nos fins de semana. No dia 12, para resolver um problema do IPTU na subprefeitura de Pinheiros, pegou o microônibus que foi soterrado no buraco do metrô.
Divulgação |
O funcionário público Márcio Alambert |
Morador de uma travessa da rua Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros, ele saiu de casa logo depois do almoço. Casado, com uma filha de 3 anos, Marcio vivia um bom momento profissional. Trabalhando na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, teve um aumento de salário e queria trocar de carro.
Antes da secretaria, foi funcionário da Defesa Civil e fazia resgates. "É muito triste. Até outro dia, ele participava dos resgates com a gente", disse o amigo Wilson Brandin.
Duas semanas depois do acidente, os bombeiros localizaram o corpo do office-boy Cícero Augustino da Silva, 60. A vítima foi resgatada na madrugada do dia 26.
Ele trabalhava em um escritório de advocacia em Pinheiros e costumava circular na região do desabamento para realizar sua rotina de serviços bancários.
Apesar de familiares afirmarem que ele poderia ter sido soterrado, a polícia, oficialmente, dizia ter informações de seis vítimas e investigava o paradeiro do office-boy. No dia 24, no entanto, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) anunciou a conclusão do inquérito do desaparecimento e admitiu que Silva poderia estar sob os escombros.
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