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13/02/2007
-
13h58
da Folha Online
A acareação que a Polícia Civil do Rio realiza nesta terça-feira na 30ª DP (Marechal Hermes) entre os suspeitos detidos por envolvimento no roubo que resultou na morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, 6, deverá identificar a parcela de culpa de cada um no crime. Preso no cinto de segurança, ele foi arrastado por cerca de 7 km depois que o carro em que estava foi roubado, na zona norte do Rio.
Com a acareação, o delegado Hércules Nascimento, que investiga o caso, quer saber com certeza quem estava dentro do carro enquanto o garoto era arrastado e se o adolescente participou verdadeiramente do crime. Há suspeitas de que ele tenha confessado para acobertar o irmão mais velho.
Havia três pessoas dentro do carro. Com base nas declarações dos suspeitos, o delegado acredita que Diego Nascimento da Silva, 18, estivesse dirigindo; que Carlos Eduardo Toledo Lima, 23, estivesse no banco do passageiro e que o adolescente estivesse no banco traseiro. Os outros dois suspeitos presos, Carlos Roberto da Silva, 21, Tiago Abreu Mattos, 18, teriam levado o grupo ao local do roubo, em um táxi.
Se a acareação comprovar a tese, Diego e Carlos Eduardo, que estavam no carro da família de João, serão indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e corrupção de menores. Os outros dois, Carlos Roberto e Tiago, responderão por formação de quadrilha e corrupção de menores; e o adolescente cumprirá medida socioeducativa por três anos e ser libertado.
O delegado disse que será feita a reconstituição do crime, mas que a família do menino e os suspeitos não devem participar.
Apelo
Os pais de João Hélio pediram a atenção dos governantes para conter a violência no Rio de Janeiro e defenderam mudanças na legislação sobre a maioridade penal. As afirmações foram feitas em entrevista exibida pelo "Fantástico", da Rede Globo, na noite de domingo (11).
"O Rio de Janeiro não pode ser encarado [da mesma forma que outros Estados]. É um caso específico. Estados mais violentos têm de ter um legislação específica. Se os menores de 18 anos cometem crimes bárbaros, eles têm sim de ser punidos. Eles não podem só ficar três anos, para daqui a três anos matarem um outro João. Eles não têm coração", disse Rosa Cristina Fernandes, a mãe do menino.
Crime
João estava na companhia da mãe, Rosa Cristina Fernandes Vieites e da irmã Aline, 14, quando o carro deles foi parado pelo grupo de assaltantes.
Rosa e a filha conseguiram sair, mas, quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada do lado de fora, presa ao cinto de segurança. João foi arrastado durante 15 minutos, por 14 ruas, e o carro acabou abandonado em uma rua de Cascadura. O corpo do menino foi encontrado dilacerado.
Presos
Os quatro suspeitos maiores de idade devem ser indiciados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e corrupção de menores. O adolescente deverá cumprir medida socioeducativa por no máximo três anos.
Em depoimento à Polícia Civil, ao menos um dos suspeitos --o Diego-- havia dito que não sabia que o menino havia ficado preso ao cinto de segurança. Uma testemunha do crime, porém, diz que alertou os ocupantes do carro de que havia uma criança pendurada do lado de fora, mas eles responderam que era "um boneco de Judas".
Colaborou a Folha de S.Paulo, no Rio
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Leia o que já foi publicado sobre o caso João Hélio Fernandes
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Acareação identificará culpa de cada suspeito em morte de menino
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A acareação que a Polícia Civil do Rio realiza nesta terça-feira na 30ª DP (Marechal Hermes) entre os suspeitos detidos por envolvimento no roubo que resultou na morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, 6, deverá identificar a parcela de culpa de cada um no crime. Preso no cinto de segurança, ele foi arrastado por cerca de 7 km depois que o carro em que estava foi roubado, na zona norte do Rio.
Com a acareação, o delegado Hércules Nascimento, que investiga o caso, quer saber com certeza quem estava dentro do carro enquanto o garoto era arrastado e se o adolescente participou verdadeiramente do crime. Há suspeitas de que ele tenha confessado para acobertar o irmão mais velho.
Havia três pessoas dentro do carro. Com base nas declarações dos suspeitos, o delegado acredita que Diego Nascimento da Silva, 18, estivesse dirigindo; que Carlos Eduardo Toledo Lima, 23, estivesse no banco do passageiro e que o adolescente estivesse no banco traseiro. Os outros dois suspeitos presos, Carlos Roberto da Silva, 21, Tiago Abreu Mattos, 18, teriam levado o grupo ao local do roubo, em um táxi.
Se a acareação comprovar a tese, Diego e Carlos Eduardo, que estavam no carro da família de João, serão indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e corrupção de menores. Os outros dois, Carlos Roberto e Tiago, responderão por formação de quadrilha e corrupção de menores; e o adolescente cumprirá medida socioeducativa por três anos e ser libertado.
O delegado disse que será feita a reconstituição do crime, mas que a família do menino e os suspeitos não devem participar.
Apelo
Os pais de João Hélio pediram a atenção dos governantes para conter a violência no Rio de Janeiro e defenderam mudanças na legislação sobre a maioridade penal. As afirmações foram feitas em entrevista exibida pelo "Fantástico", da Rede Globo, na noite de domingo (11).
"O Rio de Janeiro não pode ser encarado [da mesma forma que outros Estados]. É um caso específico. Estados mais violentos têm de ter um legislação específica. Se os menores de 18 anos cometem crimes bárbaros, eles têm sim de ser punidos. Eles não podem só ficar três anos, para daqui a três anos matarem um outro João. Eles não têm coração", disse Rosa Cristina Fernandes, a mãe do menino.
Crime
João estava na companhia da mãe, Rosa Cristina Fernandes Vieites e da irmã Aline, 14, quando o carro deles foi parado pelo grupo de assaltantes.
Rosa e a filha conseguiram sair, mas, quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada do lado de fora, presa ao cinto de segurança. João foi arrastado durante 15 minutos, por 14 ruas, e o carro acabou abandonado em uma rua de Cascadura. O corpo do menino foi encontrado dilacerado.
Presos
Os quatro suspeitos maiores de idade devem ser indiciados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e corrupção de menores. O adolescente deverá cumprir medida socioeducativa por no máximo três anos.
Em depoimento à Polícia Civil, ao menos um dos suspeitos --o Diego-- havia dito que não sabia que o menino havia ficado preso ao cinto de segurança. Uma testemunha do crime, porém, diz que alertou os ocupantes do carro de que havia uma criança pendurada do lado de fora, mas eles responderam que era "um boneco de Judas".
Colaborou a Folha de S.Paulo, no Rio
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