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19/02/2007
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06h22
da Folha Online
Ousadia, beleza e criatividade. As três escolas que conquistaram a arquibancada na primeira noite de desfiles no Rio fizeram apostas diferentes para o mesmo resultado: a simpatia do público.
Na Marquês de Sapucaí, Viradouro, Mangueira e Vila Isabel se mostraram favoritas ao título em desfiles tecnicamente sem problemas e visualmente ricos.
O espetáculo mais surpreendente da noite foi a bateria da Viradouro, que, num ato de ousadia, foi colocada sobre um carro de quase 40 metros de comprimento. Sem parar de tocar, os ritmistas subiram e desceram as escadarias da alegoria, que representava um enorme tabuleiro de xadrez.
A escola apresentou o enredo "A Viradouro vira o jogo", a partir do qual o carnavalesco Paulo Barros brincou à vontade. Dominós, peças de xadrez, cartas, jogos infantis, bingo, gamão e até batalha naval ganharam alas.
A Mangueira se confirmou como uma das preferidas do público, que cantou em coro o samba-enredo em tributo à língua portuguesa ("Vem no vira da Mangueira, vem sambar/ Meu idioma tem o dom de transformar/ Faz do palácio do samba uma casa portuguesa/ É uma casa portuguesa com certeza").
O samba marcante, a coesão no desenvolvimento do enredo e a beleza das cores fortes levadas à avenida ajudaram a agremiação a se tornar uma das favoritas ao título. Beth Carvalho, integrante da ala dos compositores, foi impedida de desfilar e chorou. A cantora afirmou que não sairá mais pela escola.
Já a Unidos de Vila Isabel mostrou disposição para conquistar o bicampeonato. Última a se apresentar na primeira noite de desfiles do Rio, a escola trouxe o enredo "Metamorfoses: Do reino natural à corte popular do Carnaval - As transformações da vida".
Com o passar das alas, a agremiação foi "crescendo" na avenida. Apesar de não ter começado bem --a comissão de frente que não gerou grande efeito--, a escola conseguiu mostrar bastante criatividade e luxo no desenvolvimento do enredo. Do abre-alas, repleto de "borboletas", aos setores da África e dos quadrinhos, a Vila Isabel ganhou a simpatia e as palmas da arquibancada.
Volta ao passado
A Estácio de Sá, que abriu o Carnaval carioca, reeditou o "Tititi do Sapoti" de 20 anos atrás com muito dourado. O carnavalesco Paulo Menezes, que preferiu não assistir ao desfile de 1987 para não ser "influenciado", marcou a volta da escola ao Grupo Especial com a nostalgia do pede-passagem (espécie de portal com o nome da agremiação) e de tripés em forma de tótens. O intérprete Anderson Paz reverenciou Dominguinhos do Estácio.
Em um desfile que pareceu ter se partido em dois, a Império Serrano defendeu o enredo "Ser diferente é normal. O Império Serrano faz a diferença no Carnaval" falando, inicialmente, dos seus 60 anos de história e, depois, dos "diferentes" --de artistas e gênios incompreendidos a pessoas com Síndrome de Down.
A Mocidade Independente de Padre Miguel abordou o artesanato --curiosamente, mesmo tema da paulistana Águia de Ouro. A agremiação apresentou o trabalho realizado pelas mãos dos brasileiros de diversas regiões, mas encontrou uma brecha para surpreender com um visual retrofuturista no início do desfile. A referência foi o filme "Metrópolis" (1927), ficção do cineasta austríaco Fritz Lang.
Nesta segunda-feira, apresentam-se Unidos do Porto da Pedra, Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos do Grande Rio e Beija-Flor de Nilópolis. Os desfiles na Marquês de Sapucaí começam às 21h.
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Mangueira, Viradouro e Vila Isabel ganham a simpatia do público na Sapucaí
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Ousadia, beleza e criatividade. As três escolas que conquistaram a arquibancada na primeira noite de desfiles no Rio fizeram apostas diferentes para o mesmo resultado: a simpatia do público.
Na Marquês de Sapucaí, Viradouro, Mangueira e Vila Isabel se mostraram favoritas ao título em desfiles tecnicamente sem problemas e visualmente ricos.
Lalo de Almeida/Folha Imagem |
Bateria da Viradouro subiu em carro alegórico |
A escola apresentou o enredo "A Viradouro vira o jogo", a partir do qual o carnavalesco Paulo Barros brincou à vontade. Dominós, peças de xadrez, cartas, jogos infantis, bingo, gamão e até batalha naval ganharam alas.
Tuca Vieira/Folha Imagem |
Mangueira homenageou a língua portuguesa |
O samba marcante, a coesão no desenvolvimento do enredo e a beleza das cores fortes levadas à avenida ajudaram a agremiação a se tornar uma das favoritas ao título. Beth Carvalho, integrante da ala dos compositores, foi impedida de desfilar e chorou. A cantora afirmou que não sairá mais pela escola.
Lalo de Almeida/Folha Imagem |
Vila Isabel trouxe camaleão e borboletas |
Com o passar das alas, a agremiação foi "crescendo" na avenida. Apesar de não ter começado bem --a comissão de frente que não gerou grande efeito--, a escola conseguiu mostrar bastante criatividade e luxo no desenvolvimento do enredo. Do abre-alas, repleto de "borboletas", aos setores da África e dos quadrinhos, a Vila Isabel ganhou a simpatia e as palmas da arquibancada.
Volta ao passado
Joao Wainer/Folha Imagem |
Estácio levou pede-passagem à avenida |
Em um desfile que pareceu ter se partido em dois, a Império Serrano defendeu o enredo "Ser diferente é normal. O Império Serrano faz a diferença no Carnaval" falando, inicialmente, dos seus 60 anos de história e, depois, dos "diferentes" --de artistas e gênios incompreendidos a pessoas com Síndrome de Down.
Antonio Lacerda/Efe |
Padre Miguel trouxe artesanato brasileiro |
Nesta segunda-feira, apresentam-se Unidos do Porto da Pedra, Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos do Grande Rio e Beija-Flor de Nilópolis. Os desfiles na Marquês de Sapucaí começam às 21h.
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