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22/02/2007
-
19h15
da Folha Online
Os jornalistas Pedro Soares, da sucursal do Rio da Folha de S.Paulo, e Alencar Izidoro, que cobriu o Carnaval de São Paulo, compararam em bate-papo com 182 internautas os desfiles cariocas e paulistas. Os dois concluíram que a maior tradição das agremiações do Rio e o maior envolvimento da população na festa fazem o Carnaval carioca melhor.
"Carnaval não depende só do potencial econômico, mas principalmente de a festa estar embutida na cultura da população. São Paulo até poderia ter um Carnaval maior que do Rio em dinheiro gasto pelas escolas, mas falta tradição, algo que depende de muito tempo para mudar. Os paulistanos não curtem desfiles como os cariocas", disse Izidoro.
Soares, que nasceu em São Paulo, concorda: "O Carnaval mexe com todos no Rio, todas as classes sociais, todas as comunidades. Há uma verdadeira indústria. E olha que sou paulistano.
Inaugurada no último mês de setembro, no Rio, a Cidade do Samba --um complexo de barracões compartilhado pelas escolas-- também foi um dos responsáveis pela qualidade dos desfiles do Rio, segundo Soares.
"Os carros tinham uma estrutura melhor, e isso é fruto da Cidade do Samba. Por outro lado, ela também nivela as escolas ao dar as mesmas condições e o que acaba fazendo a diferença é o orçamento e a criatividade do carnavalesco", disse o jornalista. "E ainda há mais mais 'espionagem'. Neste ano, por exemplo, vimos escolas com idéias muito parecidas", opina.
Em São Paulo, a maior polêmica foi em relação às escolas de samba ligadas a torcidas. A Mancha Verde --ligada à torcida do Palmeiras-- disputou sozinha o título de campeã do grupo esportivo. Para Izidoro, o fato de desfilar como "café-com-leite" pode ter prejudicado a escola. "Deveria haver uma regra clara para evitar algo que ocorreu neste ano, de a Mancha Verde disputar como café com leite. Ou participa pra valer e pra disputa do título ou não participa.
No ano que vem, a corinthiana Gaviões da Fiel, que disputou o Grupo de Acesso em 2007, deve fazer companhia à Mancha. "O problema é que, em São Paulo, falta profissionalismo na cúpula do Carnaval. As regras podem mudar a qualquer momento, tudo depende do lobby forte da hora.
Especial
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Confira como foram os bate-papos anteriores
Para jornalistas, tradição faz Carnaval do Rio melhor que o paulista
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Os jornalistas Pedro Soares, da sucursal do Rio da Folha de S.Paulo, e Alencar Izidoro, que cobriu o Carnaval de São Paulo, compararam em bate-papo com 182 internautas os desfiles cariocas e paulistas. Os dois concluíram que a maior tradição das agremiações do Rio e o maior envolvimento da população na festa fazem o Carnaval carioca melhor.
Folha Imagem |
Os jornalistas da Folha Pedro Soares e Alencar Izidoro, que participam do bate-papo |
Soares, que nasceu em São Paulo, concorda: "O Carnaval mexe com todos no Rio, todas as classes sociais, todas as comunidades. Há uma verdadeira indústria. E olha que sou paulistano.
Inaugurada no último mês de setembro, no Rio, a Cidade do Samba --um complexo de barracões compartilhado pelas escolas-- também foi um dos responsáveis pela qualidade dos desfiles do Rio, segundo Soares.
"Os carros tinham uma estrutura melhor, e isso é fruto da Cidade do Samba. Por outro lado, ela também nivela as escolas ao dar as mesmas condições e o que acaba fazendo a diferença é o orçamento e a criatividade do carnavalesco", disse o jornalista. "E ainda há mais mais 'espionagem'. Neste ano, por exemplo, vimos escolas com idéias muito parecidas", opina.
Em São Paulo, a maior polêmica foi em relação às escolas de samba ligadas a torcidas. A Mancha Verde --ligada à torcida do Palmeiras-- disputou sozinha o título de campeã do grupo esportivo. Para Izidoro, o fato de desfilar como "café-com-leite" pode ter prejudicado a escola. "Deveria haver uma regra clara para evitar algo que ocorreu neste ano, de a Mancha Verde disputar como café com leite. Ou participa pra valer e pra disputa do título ou não participa.
No ano que vem, a corinthiana Gaviões da Fiel, que disputou o Grupo de Acesso em 2007, deve fazer companhia à Mancha. "O problema é que, em São Paulo, falta profissionalismo na cúpula do Carnaval. As regras podem mudar a qualquer momento, tudo depende do lobby forte da hora.
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