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02/03/2007 - 12h12

Adolescente baleada em roubo deixa UTI sem mover as pernas

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da Folha Online

O Hospital Alvorada informou na manhã desta sexta-feira, por meio de um boletim médico, que a adolescente Priscila Aprígio da Silva, 13, atingida por uma bala perdida de um tiroteio ocorrido na agência Itaú da avenida Ibirapuera (zona sul de São Paulo), deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e está sem os movimentos das pernas.

Na quinta-feira (1º), o pai da garota, o sapateiro desempregado Isaias Joaquim da Silva, chegou a afirmar que "só um milagre" faria Priscila andar novamente.

Priscila estava em um ponto de ônibus em frente ao banco quando o tiroteio começou. O disparo perfurou um de seus rins e atingiu sua medula.

A adolescente é uma das sete pessoas feridas nos últimos três dias em quatro roubos a banco ocorridos em São Paulo. Raimundo José Jesus dos Santos, 39, que estava em um ônibus, teve parte da perna esquerda amputada, segundo boletim médico do hospital Iguatemi divulgado nesta sexta-feira.

Crime

O roubo no Itaú da avenida Ibirapuera ocorreu pouco depois das 16h de quarta-feira. Cinco homens armados invadiram a agência, um permaneceu no setor de auto-atendimento e mais dois, do lado de fora. Um guarda civil à paisana que havia ido ao banco para realizar um depósito teria, então, reagido à ação.

O guarda atingiu nove vezes um dos suspeitos. Mesmo assim, todos conseguiram fugir. Foram levados cerca de R$ 10 mil.

Horas após o crime, Wellington Delan Ferreira Oliveira, 30, que apresentou-se com diversos ferimentos a bala em um hospital de Taboão da Serra (Grande São Paulo), foi preso suspeito de envolvimento com o roubo. Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele confessou o crime. Oliveira tinha passagem por roubo e foi indiciado por tentativa de latrocínio.

Ficaram feridos, além do suspeito e da adolescente, Maria Erenildes, 38, --que também estava dentro de um ônibus--, e o advogado Fábio Ferreira do Nascimento, 28, que estava em um carro abordado durante a fuga dos assaltantes.

Legítima defesa

Para o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), embora tenha iniciado a troca de tiros, o guarda civil agiu em legítima defesa. Em depoimento, ele teria dito que tomou a iniciativa de atirar contra os ladrões porque temia ser revistado por eles e morto por estar armado.

O guarda civil desapareceu do local após o tiroteio. De acordo com a polícia, o guarda tem autorização para andar armado e sua pistola é legalizada.

No momento do tiroteio, o guarda civil usava terno e gravata. Investigações preliminares indicam que ele atuava ilegalmente como vigia do bingo Circus Club, que fica em frente ao banco. Há suspeitas ainda de que outros vigias do bingo tenham atirado.

Outros roubos a banco

Na quinta-feira (1º), o primeiro roubo a banco ocorreu por volta das 12h30, em um posto bancário no hospital de Guaianazes (zona leste de São Paulo). Três homens armados --um com uniforme da PM-- invadiram o local e fugiram com R$ 37 mil. Um suspeito foi preso.

Ainda na quinta, o segundo ocorreu no Bradesco que fica ao lado do Empório Santa Maria, na avenida Cidade Jardim, no Jardim Paulistano (zona oeste de São Paulo), às 17h. Dois homens entraram na agência, renderam a gerente e roubaram malotes de dinheiro --o montante não foi divulgado. Na fuga, eles decidiram roubar o carro --um Vectra-- do diretor de vendas da Moët & Chandon, Gontijo Jordan Veríssimo Pinto, 37.

Pinto deixava o Empório ao lado de duas mulheres quando foi abordado. Todos desceram do carro mas, mesmo assim, os bandidos atiraram. O diretor de vendas foi atingido no pescoço e está internado, mas não corre risco de morte.

Agente baleado

Outro caso violento ligado a bancos registrado nos últimos três dias envolveu o agente da PF (Polícia Federal) Wagner Romano. Ele foi baleado por ladrões quando saía de uma agência na Penha (zona leste de São Paulo), com o dinheiro que usaria para pagar a conta da maternidade na qual sua mulher estava internada.

De acordo com o Hospital Nossa Senhora da Penha, ele permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e está estável.

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