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02/03/2007 - 14h34

Chinaglia nega pressão do Planalto para retardar CPI do Apagão Aéreo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou nesta sexta-feira que esteja sendo pressionado pelo Palácio do Planalto para evitar a instalação da CPI do Apagão Aéreo.

Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira por Kennedy Alencar, da Folha de S.Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a Chinaglia e a deputados aliados para que trabalhem a fim de impedir a instalação da CPI na Câmara.

"Não tratei disso com ninguém, nem com o Planalto, nem com os líderes. Não recebi nenhuma pressão", disse Chinaglia.

O deputado reiterou que vai instalar a comissão se o requerimento que pede sua abertura "cumprir com os requisitos regimentais e constitucionais" da Casa.

Chinaglia disse que vai tomar decisão técnica, sem atender a pedidos de parlamentares ou aceitar pressões de terceiros. "Aqui não é Casa de amigos, existe o rigor da formalidade. Não me importa a opinião pessoal de quem quer que seja. O que nós queremos é o parecer [que analise se o pedido está de acordo com as normas da Câmara] por escrito", afirmou.

O requerimento que pede a abertura da CPI reúne assinaturas de parlamentares da base aliada do governo. A oposição obteve 211 assinaturas, das quais 113 são de integrantes da base, como Ciro Gomes (PSB-CE), Renildo Calheiros (PC do B-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA). Cerca de 20 deputados do PMDB também apoiaram a comissão.

Segundo a Folha, aliados de Lula temem que a CPI se transforme em nova "CPI do Fim do Mundo", apelido dado à antiga CPI dos Bingos pelo amplo leque de investigações. Agora, teme-se que a CPI investigue, por exemplo, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula que atuou como advogado da Transbrasil e da Varig. Seriam apuradas ainda compras da Infraero na gestão de Carlos Wilson, hoje deputado pelo PT.

Se for instalada, a CPI vai buscar informações sobre as investigações do acidente com o avião da Gol, que caiu em setembro do ano passado. Na ocasião, o Boeing que fazia o vôo 1907 se chocou com um jato Legacy, da empresa americana ExcelAire. A Polícia Federal ainda não concluiu as investigações.

No requerimento de criação da CPI, os deputados pedem para investigar as causas, as conseqüências e os responsáveis pela crise no setor aéreo, desencadeada após o acidente.

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