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02/03/2007 - 17h54

Médicos admitem que menina baleada em roubo pode ter seqüelas

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da Folha Online

Atingida durante tiroteio ocorrido na última quarta-feira (28) em Moema (zona sul de São Paulo), a adolescente Priscila Aprígio da Silva, 13, sofreu lesões graves, que comprometeram os movimentos das pernas. Na tarde desta sexta-feira, os médicos do Hospital Alvorada afirmaram que há chances de recuperação em um período de dois anos, mas que a jovem terá seqüelas.

"Ela pode esperar até dois anos para se recuperar. Mas, pelo quadro atual, dificilmente a reversão será total", disse o médico Guilherme Monteiro, diretor clínico do hospital.

O médico disse que, apesar a retirada da bala --que atingiu duas vértebras torácicas--, os nervos permanecem lesionados.

"Pelo estado dela, hoje, não há como fazer uma previsão definitiva. O quadro neurológico progride a cada dia. Não temos como precisar se ela vai se recuperar totalmente", afirmou.

Monteiro disse que os médicos ainda não conversaram com a jovem sobre a perda dos movimentos, mas afirmou que ela já suspeita do quadro, por não sentir os movimentos da cintura para baixo.

Para o diretor técnico do hospital, Ricardo Tcholakian, o fato de a vítima ser jovem contribui para a recuperação. A expectativa dos médicos é que ela comece a fazer fisioterapia em até dois dias e deixe a unidade em até uma semana.

Esperança

O enfermeiro Leandro Aprígio da Silva, 27, irmão da adolescente, disse que a família tem esperanças na cura da menina. "Nós vamos aguardar. Estamos esperançosos que isso seja reversível."

De acordo com ele, a adolescente não lembra do momento que foi baleada. "Como todo adolescente, ela está ansiosa para ir embora [do hospital]. Nós também esperamos que ela volte logo para casa", disse.

Na quinta-feira (1º), o pai da garota, o sapateiro desempregado Isaias Joaquim da Silva, chegou a afirmar que "só um milagre" faria Priscila andar novamente.

Tiroteio

Priscila é uma das cinco pessoas feridas em conseqüência de um assalto à agência do Itaú na avenida Ibirapuera. Ela estava em um ponto de ônibus em frente ao banco quando o tiroteio começou. Um suspeito também ficou ferido.

O roubo ocorreu pouco depois das 16h de quarta-feira. Um guarda civil à paisana que havia ido ao banco para realizar um depósito teria, então, reagido à ação. O guarda atingiu nove vezes um dos suspeitos. Mesmo assim, todos conseguiram fugir. Foram levados cerca de R$ 10 mil.

Horas após o crime, Wellington Delan Ferreira Oliveira, 30, que apresentou-se com diversos ferimentos a bala em um hospital de Taboão da Serra (Grande São Paulo), foi preso suspeito de envolvimento com o roubo. Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele confessou o crime. Oliveira tinha passagem por roubo e foi indiciado por tentativa de latrocínio.

Ficaram feridos, além do suspeito e da adolescente, Maria Erenildes, 38, e Raimundo José Jesus dos Santos, 39 --que estavam em um ônibus--, e o advogado Fábio Ferreira do Nascimento, 28, que estava em um carro abordado durante a fuga dos assaltantes.

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