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06/03/2007
-
20h24
da Folha Online
A Polícia Civil de Mauá (Grande São Paulo) concluiu que nove homens --entre eles três detentos-- planejaram a morte de Wellington Rodrigo Segura, 31, diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá no dia 26 de janeiro.
De acordo com o delegado que investigou o caso, Américo dos Santos Neto, os presos pediram a execução de Segura porque ele mantinha uma disciplina rígida dentro da unidade, que não era tolerada pelos presos do PCC (Primeiro Comando da Capital).
"Os três presos, que são do PCC [Primeiro Comando da Capital] elaboraram o assassinato para atender a uma reivindicação dos detentos do CDP. Mandaram recados, mas o diretor não mudou a postura", disse o delegado.
A reivindicação dos presos foi levada à liderança do PCC por Adriano Nogueira Leite e Maurício José de Santana, detentos chamados de "sintonia interna", que ocupam posição de líderes do PCC no CDP, de acordo com o delegado.
Eles repassaram a reivindicação para José Cláudio Pires Lealbino, conhecido como Carrefour, um dos chefes do primeiro escalão do PCC, que está preso na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).
"O Carrefour enviou, por meio de um "salve fechado', ou seja, por visita ou advogado, a ordem para matar o diretor do CDP", disse o delegado.
Com isso, explicou Santos Neto, Fábio Aparecido de Almeida, conhecido como Magrelo, recebeu a determinação de levantar informações sobre a vida de Segura.
"Inclusive eles chamaram de "mamão com açúcar', era fácil, porque a vítima tinha uma rotina", explicou Santos Neto.
Almeida não estava preso, assim como os três suspeitos que receberam a ordem para matar Segura, de acordo com o delegado. Os suspeitos foram contratados por Ricardo Paulo Ferreira.
Davi Borges da Silva, Denis Humberto Magui e Luciano Pereira foram os três homens que atiraram contra Segura --mais de dez vezes.
A arma utilizada no crime é uma escopeta, que foi deixada com Fábio de Oliveira, o Pezão, preso pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado) no dia 16 de fevereiro.
Magrelo também foi preso pela Polícia Civil de Mauá e, segundo o delegado, confessou o crime e passou as informações sobre o plano. Davi também foi detido pela delegacia.
Santos Neto informou que na segunda-feira (5) a delegacia prendeu Magui em Santo André. A prisão de todos os suspeitos é temporária, com duração por 30 dias.
"Pedi à Justiça mais 30 dias de prazo para a Justiça para concluir o inquérito. O caso já está fechado, mas ainda preciso anexar relatórios e laudos", afirmou Santos Neto.
De acordo com o delegado, a polícia está à procura de Luciano e Ricardo, que estão com a prisão decretada e estão foragidos.
Crime
Segura foi morto no dia 26 de janeiro às 19h no bairro Jardim Santista quando levava para a casa a diretora de Recursos Humanos do CDP, Marilene Maria da Silva, 25, que foi atingida por quatro tiros --um deles no rosto que deixou uma bala alojada na cabeça da vítima. Ela está bem.
O carro utilizado no crime foi uma Parati preta, que foi localizada às 10h do dia seguinte ao crime em uma estrada da cidade. O veículo estava parcialmente queimado.
Segundo Santos Neto, as queimaduras no carro atrapalharam na localização de impressões digitais por parte dos peritos. Uma garrafa plástica com gasolina foi encontrada dentro do veículo.
A Parati é um dublê de um carro roubado de São José dos Campos (91 km a noroeste de São José dos Campos).
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A Polícia Civil de Mauá (Grande São Paulo) concluiu que nove homens --entre eles três detentos-- planejaram a morte de Wellington Rodrigo Segura, 31, diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá no dia 26 de janeiro.
De acordo com o delegado que investigou o caso, Américo dos Santos Neto, os presos pediram a execução de Segura porque ele mantinha uma disciplina rígida dentro da unidade, que não era tolerada pelos presos do PCC (Primeiro Comando da Capital).
"Os três presos, que são do PCC [Primeiro Comando da Capital] elaboraram o assassinato para atender a uma reivindicação dos detentos do CDP. Mandaram recados, mas o diretor não mudou a postura", disse o delegado.
A reivindicação dos presos foi levada à liderança do PCC por Adriano Nogueira Leite e Maurício José de Santana, detentos chamados de "sintonia interna", que ocupam posição de líderes do PCC no CDP, de acordo com o delegado.
Eles repassaram a reivindicação para José Cláudio Pires Lealbino, conhecido como Carrefour, um dos chefes do primeiro escalão do PCC, que está preso na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).
"O Carrefour enviou, por meio de um "salve fechado', ou seja, por visita ou advogado, a ordem para matar o diretor do CDP", disse o delegado.
Com isso, explicou Santos Neto, Fábio Aparecido de Almeida, conhecido como Magrelo, recebeu a determinação de levantar informações sobre a vida de Segura.
"Inclusive eles chamaram de "mamão com açúcar', era fácil, porque a vítima tinha uma rotina", explicou Santos Neto.
Almeida não estava preso, assim como os três suspeitos que receberam a ordem para matar Segura, de acordo com o delegado. Os suspeitos foram contratados por Ricardo Paulo Ferreira.
Davi Borges da Silva, Denis Humberto Magui e Luciano Pereira foram os três homens que atiraram contra Segura --mais de dez vezes.
A arma utilizada no crime é uma escopeta, que foi deixada com Fábio de Oliveira, o Pezão, preso pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado) no dia 16 de fevereiro.
Magrelo também foi preso pela Polícia Civil de Mauá e, segundo o delegado, confessou o crime e passou as informações sobre o plano. Davi também foi detido pela delegacia.
Santos Neto informou que na segunda-feira (5) a delegacia prendeu Magui em Santo André. A prisão de todos os suspeitos é temporária, com duração por 30 dias.
"Pedi à Justiça mais 30 dias de prazo para a Justiça para concluir o inquérito. O caso já está fechado, mas ainda preciso anexar relatórios e laudos", afirmou Santos Neto.
De acordo com o delegado, a polícia está à procura de Luciano e Ricardo, que estão com a prisão decretada e estão foragidos.
Crime
Segura foi morto no dia 26 de janeiro às 19h no bairro Jardim Santista quando levava para a casa a diretora de Recursos Humanos do CDP, Marilene Maria da Silva, 25, que foi atingida por quatro tiros --um deles no rosto que deixou uma bala alojada na cabeça da vítima. Ela está bem.
O carro utilizado no crime foi uma Parati preta, que foi localizada às 10h do dia seguinte ao crime em uma estrada da cidade. O veículo estava parcialmente queimado.
Segundo Santos Neto, as queimaduras no carro atrapalharam na localização de impressões digitais por parte dos peritos. Uma garrafa plástica com gasolina foi encontrada dentro do veículo.
A Parati é um dublê de um carro roubado de São José dos Campos (91 km a noroeste de São José dos Campos).
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