Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/03/2007 - 10h37

Mãe de João Hélio reconhece dois acusados de matar o menino

Publicidade

TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio
da Folha Online

Pela fresta de uma porta da sala de audiência da 2ª Vara de Infância e Juventude do Rio, Rosa Cristina Fernandes reconheceu, na terça-feira (6), dois dos cinco acusados de assassinar o filho João Hélio, 6, que foi arrastado por 7 km preso a um cinto de segurança. Ao ver os criminosos, a mãe do menino chorou. O crime completa um mês nesta quarta.

O adolescente de 16 anos que está entre os acusados não foi reconhecido. À noite, ele disse à juíza Adriana Angelim que pretende negar sua participação no crime. No primeiro depoimento, ele confessara estar no banco de trás do carro enquanto João era arrastado.

Na terça (6), foram ouvidos, além de Rosa, o sargento da PM Sérgio Navegas, um dos primeiros a chegar ao local do crime, e o delegado Alexandre Capote, um dos responsáveis pelo caso.

O adolescente permaneceu calado. Os policiais contaram à juíza Adriana Angelim sobre o encontro do cadáver e a investigação.

"Ela [Rosa] chorou e em todo o momento [demonstrava] um nervosismo. É muita tristeza e é difícil para ela", diz o advogado da família e assistente de acusação Gilberto Fonseca. Os acusados ficaram noutra sala.

Aline, 14, filha de Rosa, também foi arrolada como testemunha, mas não teve condições de ir depor.

Rosa identificou Carlos Eduardo Toledo Lima, irmão do adolescente --além de suposto líder do grupo e que teria dirigido o carro--, e também Diego Nascimento, que estaria no banco do carona.

Se condenado, o adolescente receberá uma pena de, no máximo, três anos de confinamento para cumprir "medidas socioeducativas".

Crime

João Hélio estava no carro com a mãe e com a irmã quando assaltantes renderam as vítimas em Oswaldo Cruz (zona norte) e levaram o veículo da família. O menino não conseguiu sair e ficou pendurado pelo cinto de segurança. Os criminosos percorreram 14 ruas de quatro bairros antes de parar, em Cascadura.

Conforme acusação formal do Ministério Público, os quatro suspeitos maiores de idade responderão pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e quadrilha armada. Eles tiveram a prisão preventiva decretada no dia 27 de fevereiro.

De acordo com a Polícia Civil, o adolescente rendeu a mãe do garoto e entrou no banco traseiro do carro. Carlos Eduardo Toledo Lima, 23, teria assumido o volante do carro e dirigido por todo o percurso. Diego Nascimento da Silva, 18, de acordo com o inquérito, ficou no banco do carona e chegou a ameaçar com uma arma um motociclista que tentou avisar que o garoto estava pendurado.

Tiago Abreu Mattos, 18, e Carlos Roberto da Silva, 21, estariam no táxi que levou o grupo ao local onde o crime foi cometido.

Leia mais
  • Missa e manifestação marcam um mês da morte do menino João Hélio
  • Cratera aberta em SP destrói dez imóveis e deixa 200 desabrigados
  • Polícia encontra cinco corpos em sítio na Bahia
  • Quatro homens são encontrados mortos na zona norte do Rio
  • Motim em unidade da Fundação Casa termina com 11 feridos em SP
  • Leia capítulo de Folha Explica a Violência Urbana

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a morte de João Hélio
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página