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07/03/2007 - 11h13

Cratera aberta em SP destrói dez imóveis e deixa 200 desabrigados

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da Folha Online

Mais de 200 pessoas estão desalojadas por causa do deslizamento de terra que abriu uma cratera de aproximadamente cem metros de diâmetro, na tarde de segunda-feira (5), em um loteamento de classe média em Monte Alto (353 km a noroeste de São Paulo), região de Jaboticabal. Ninguém ficou ferido.

No total, o buraco engoliu nove casas e um barraco, além de um caminhão e duas máquinas da prefeitura que realizavam obras de drenagem no local. Devido ao risco de que ocorram novos deslizamentos, a Defesa Civil Municipal ainda decidiu interditar preventivamente 70 imóveis de três ruas da região --12 de Outubro, 6 de Agosto e 15 de Novembro. Destas, ao menos três devem ser demolidas.

Prefeitura de Monte Alto
Cratera destrói imóveis e deixa desabrigados em Monte Alto, interior de São Paulo
Cratera destrói imóveis e deixa desabrigados em Monte Alto, interior de São Paulo
De acordo com a prefeitura, o buraco foi causado pelas fortes chuvas que atingem a cidade desde o começo deste ano. O loteamento --que tem imóveis de R$ 150 mil a R$ 180 mil-- tem problemas de drenagem e erosão há diversos anos, porque o aterramento foi feito de forma inadequada, mais de 20 anos atrás.

Recentemente, a prefeitura havia iniciado, com recursos da União, a construção de uma escada hidráulica que evitaria a infiltração de água pluvial no terreno. Não houve tempo, porém, e as máquinas usadas na obra foram engolidas pela cratera.

Conforme estimativas da prefeitura, as obras de recuperação do loteamento devem custar até R$ 10 milhões. A cidade está em estado de calamidade.

Apoio

Na terça-feira (6), os moradores das casas derrubadas e das interditadas participaram de uma reunião com representantes da prefeitura e do Ministério Público para discutir o apoio que será dado imediatamente às famílias atingidas.

Ficou acertado que os desabrigados --instalados em um ginásio esportivo municipal-- receberão R$ 500 para alugar imóveis em outra região; que os abrigados em casas de amigos e parentes receberão R$ 350; e que os inquilinos das casas danificadas ou interditadas receberão uma ajuda de custo cujo valor não foi divulgado.

Indenização

Os pedidos de indenizações ligados ao incidente começarão a ser avaliados pela prefeitura após um levantamento dos estragos causados e a elaboração de um laudo por parte do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), ligado ao governo do Estado.

Em nota, o prefeito Mauricio Piovezan (PT) disse estar disposto a indenizar os moradores pelos prejuízos e a acionar os loteadores na Justiça. "Eles são co-responsáveis."

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