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30/10/2000
-
12h59
EDMILSON ZANETTI
da Folha de S.Paulo, em São José do Rio Preto
Provavelmente por ciúmes, um trabalhar rural matou a marretadas seis crianças _com idades entre 2 e 12 anos_ e a mulher, ateou fogo na casa, com todos dentro, e depois se enforcou na rua. Duas crianças eram filhas do casal. As outras quatro eram enteadas do lavrador.
O crime aconteceu hoje de madrugada em Euclides da Cunha Paulista, município com pouco mais de 10 mil habitantes no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.
O corpo de José Valdir de Oliveira, 52, foi encontrado enforcado em uma árvore. O rosto, os braços e a roupa estavam chamuscados, o que levou a polícia suspeitar que ele matara a família antes.
Na casa humilde de três cômodos, incendiada, a polícia encontrou uma marreta. A perícia concluiu que todos sofreram traumatismo craniencefálico, a causa das mortes, antes de serem queimados.
Corpos carbonizados
Os sete corpos, carbonizados, estavam juntos no único quarto da casa. Eram da mulher Rosalina Gregório da Silva, 30, de Elisângela da Silva, 12, Solange da Silva, 10, Cristiane da Silva Batista, 8, Jaqueline da Silva, 6, José Valdir da Silva de Oliveira, 4, e Patrícia Oliveira da Silva, 2. Os dois mais novos eram filhos do casal. Os outros quatro eram de outro casamento de Rosalina.
O delegado Edmar Trindade Nagai, 32, tomou depoimento de amigos para confirmar a hipótese de crime passional.
A Agência Folha apurou, com vizinhos e parentes, que "José Benzedor'', como era conhecido na cidade, costumava dizer que "qualquer dia'' passaria uma corrente em volta da casa e colocaria fogo. E ria em seguida. Como era brincalhão, nunca foi levado a sério.
O casal brigava constantemente, segundo amigos. Oliveira tinha ciúmes doentio da mulher. Achava que ela o traía. No sábado à noite, ela foi a um baile sozinha, motivo de mais uma briga, provável estopim da tragédia.
Segundo um amigo, no domingo à noite, José Benzedor foi a um bar próximo de casa, na Vila Ferreira, comprou seis doces e uma garrafa de guaraná e disse que iria fazer "uma longa viagem''.
Antes, tinha comprado gasolina de um vizinho. Os corpos foram enterrados no início da tarde de hoje, em sepulturas de terra.
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Lavrador mata mulher e 6 filhos a marretadas e depois se mata (SP)
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Provavelmente por ciúmes, um trabalhar rural matou a marretadas seis crianças _com idades entre 2 e 12 anos_ e a mulher, ateou fogo na casa, com todos dentro, e depois se enforcou na rua. Duas crianças eram filhas do casal. As outras quatro eram enteadas do lavrador.
O crime aconteceu hoje de madrugada em Euclides da Cunha Paulista, município com pouco mais de 10 mil habitantes no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.
O corpo de José Valdir de Oliveira, 52, foi encontrado enforcado em uma árvore. O rosto, os braços e a roupa estavam chamuscados, o que levou a polícia suspeitar que ele matara a família antes.
Na casa humilde de três cômodos, incendiada, a polícia encontrou uma marreta. A perícia concluiu que todos sofreram traumatismo craniencefálico, a causa das mortes, antes de serem queimados.
Corpos carbonizados
Os sete corpos, carbonizados, estavam juntos no único quarto da casa. Eram da mulher Rosalina Gregório da Silva, 30, de Elisângela da Silva, 12, Solange da Silva, 10, Cristiane da Silva Batista, 8, Jaqueline da Silva, 6, José Valdir da Silva de Oliveira, 4, e Patrícia Oliveira da Silva, 2. Os dois mais novos eram filhos do casal. Os outros quatro eram de outro casamento de Rosalina.
O delegado Edmar Trindade Nagai, 32, tomou depoimento de amigos para confirmar a hipótese de crime passional.
A Agência Folha apurou, com vizinhos e parentes, que "José Benzedor'', como era conhecido na cidade, costumava dizer que "qualquer dia'' passaria uma corrente em volta da casa e colocaria fogo. E ria em seguida. Como era brincalhão, nunca foi levado a sério.
O casal brigava constantemente, segundo amigos. Oliveira tinha ciúmes doentio da mulher. Achava que ela o traía. No sábado à noite, ela foi a um baile sozinha, motivo de mais uma briga, provável estopim da tragédia.
Segundo um amigo, no domingo à noite, José Benzedor foi a um bar próximo de casa, na Vila Ferreira, comprou seis doces e uma garrafa de guaraná e disse que iria fazer "uma longa viagem''.
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