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05/04/2007 - 17h10

Laudo aponta que maré vermelha causou morte de peixes no Recôncavo Baiano

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da Folha Online

A mortandade de cerca de 50 toneladas de peixe na costa do Recôncavo Baiano foi causada por um fenômeno natural chamado de maré vermelha (proliferação de algas tóxicas que dá coloração avermelhada). A causa foi apontada por um laudo técnico do CRA (Centro de Recursos Ambientais) ligado ao governo do Estado.

De acordo com o CRA, as algas, em alta densidade, produzem grande quantidade de matéria orgânica. Segundo o laudo, isso causou nos peixes a obstrução das brânquias --órgão respiratório de espécies aquáticas--, levando-os à morte por asfixia.

A situação ainda foi agravada pela redução do oxigênio disponível na água em função da decomposição da matéria orgânica gerada.

O acidente deixou ao menos cinco municípios da região em estado de emergência por conseqüência da proibição da pesca e outras atividades costeiras da região. A mortandade de peixes foi a maior registrada no Recôncavo.

Ao menos 7.000 pescadores ficaram sem poder trabalhar por conta da suspeita de contaminação da água. Indiretamente, a 30 mil foram prejudicadas com o impedimento de atividades pesqueiras, de acordo com a Bahia Pesca, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura. O governo distribuiu 10 mil cestas básicas.

O trabalho de monitoramento das águas da baía continua, de acordo com o CRA. Segunda-feira (9) está marcada uma reunião do conselho gestor da APA (Área de Preservação Ambiental) da baía de Todos os Santos.

Na ocasião, será discutida a elaboração de um plano de manejo e recuperação das águas, para evitar o lançamento de detritos e combater a poluição.

Maré vermelha

De acordo com a equipe multidisciplinar que trabalhou nos estudos e na elaboração do laudo técnico, a maré vermelha ocorre principalmente por conta de condições climáticas estáveis e do aumento de nutrientes na água.

A estabilidade climática do mês de março colaborou para a reprodução intensa das algas. Foram ao menos 30 dias sem chuvas e ventos fortes na região, o que é incomum para a época, segundo a equipe.

O laudo concluiu ainda que, no fenômeno ocorrido na Bahia, os danos decorrentes afetam apenas o ecossistema, diferentemente da maré vermelha verificada em Santa Catarina em janeiro deste ano, quando as microalgas produziram toxinas que contaminaram ostras e mexilhões.

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