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20/05/2007
-
12h34
da Folha Online
Os radares operados pelos controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e do Cindacta-4 (Manaus, AM), confirmam que o jatinho Legacy --que se chocou com o Boeing da Gol em 29 de setembro de 2006 matando 154 pessoas-- emitiu três sinais de alerta aos controladores do Cindacta-1 antes do acidente. As imagens das telas dos computadores utilizados pelos controladores de Brasília e Recife no momento do acidente foram exibidas na edição de sábado (19) do "Jornal Nacional", da Rede Globo.
Segundo a reportagem --que se baseou em informações da Aeronáutica-- às 15h55, o transponder (equipamento anticolisão) do jato da empresa americana ExcelAire funcionava perfeitamente até aproximação com o Cindacta-1. Em seguida, começaram os avisos. O primeiro deles foi dado aos controladores do Cindacta de Brasília avisando que o jato deveria descer de nível --de 37 mil pés-- e voar a 36 mil pés de altitude.
Uma imagem de um sinal gráfico de interrogação apareceu na tela momentos depois do primeiro aviso, como se questionasse se de fato era aquela a altitude que o Legacy deveria voar naquele momento. Este foi o segundo aviso.
Um outro sinal, o da letra "z" apareceu na tela logo depois. Ele significa que a altura em que o Legacy voava não era confiável e neste momento o transponder desapareceu da vista dos controladores do vôo. A altitude que o jato executivo voava variou 3.000 pés no intervalo de alguns minutos, segundo as imagens do radar e o sinal da presença do Legacy no radar vai e volta, até desaparecer por completo.
As imagens da colisão do Boeing da Gol (que fazia o vôo 1907) com o Legacy aparecem na tela do Cindacta-4 (Manaus), às 16h57. Ela é percebida por um traço verde. As imagens não mostram sinais do Legacy no radar. O jato executivo só aparece depois, e, em seguida, o sinal do transponder da aeronave é percebido.
A investigação da PF (Polícia Federal) sobre o acidente aponta como responsáveis os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino, do jato americano. O inquérito foi concluído e entregue no último dia 8 à Justiça Federal de Sinop (MT). Em nota divulgada nesta quarta, a PF informa que os pilotos desligaram de forma "involuntária" o transponder, equipamento que evita a colisão de aeronaves.
Os pilotos sustentam que o equipamento não funcionou na hora do acidente. Conforme a PF, o transponder e o rádio foram encaminhados para teste na fábrica nos Estados Unidos e "não apresentaram defeito". "Além disso, após o choque, o equipamento foi ligado sem problemas e o código de emergência acionado".
A reportagem do "Jornal Nacional" mostra ainda que parentes das vítimas do acidente da Gol receberam no sábado pertences dos passageiros que estavam no vôo, entre eles roupas, bolsas, sapatos que ainda não haviam sido identificados.
Duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) foram abertas, uma no Senado, e outra, na Câmara de Deputados, para investigar o caso.
Em entrevista ao "Jornal Nacional", o chefe do Cindacta de Brasília, coronel Eduardo Raulino Santos, as telas comprovam que não houve falha nos equipamentos de controle de trafego aéreo na hora do acidente.
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Os radares operados pelos controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e do Cindacta-4 (Manaus, AM), confirmam que o jatinho Legacy --que se chocou com o Boeing da Gol em 29 de setembro de 2006 matando 154 pessoas-- emitiu três sinais de alerta aos controladores do Cindacta-1 antes do acidente. As imagens das telas dos computadores utilizados pelos controladores de Brasília e Recife no momento do acidente foram exibidas na edição de sábado (19) do "Jornal Nacional", da Rede Globo.
Segundo a reportagem --que se baseou em informações da Aeronáutica-- às 15h55, o transponder (equipamento anticolisão) do jato da empresa americana ExcelAire funcionava perfeitamente até aproximação com o Cindacta-1. Em seguida, começaram os avisos. O primeiro deles foi dado aos controladores do Cindacta de Brasília avisando que o jato deveria descer de nível --de 37 mil pés-- e voar a 36 mil pés de altitude.
Uma imagem de um sinal gráfico de interrogação apareceu na tela momentos depois do primeiro aviso, como se questionasse se de fato era aquela a altitude que o Legacy deveria voar naquele momento. Este foi o segundo aviso.
Um outro sinal, o da letra "z" apareceu na tela logo depois. Ele significa que a altura em que o Legacy voava não era confiável e neste momento o transponder desapareceu da vista dos controladores do vôo. A altitude que o jato executivo voava variou 3.000 pés no intervalo de alguns minutos, segundo as imagens do radar e o sinal da presença do Legacy no radar vai e volta, até desaparecer por completo.
As imagens da colisão do Boeing da Gol (que fazia o vôo 1907) com o Legacy aparecem na tela do Cindacta-4 (Manaus), às 16h57. Ela é percebida por um traço verde. As imagens não mostram sinais do Legacy no radar. O jato executivo só aparece depois, e, em seguida, o sinal do transponder da aeronave é percebido.
A investigação da PF (Polícia Federal) sobre o acidente aponta como responsáveis os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino, do jato americano. O inquérito foi concluído e entregue no último dia 8 à Justiça Federal de Sinop (MT). Em nota divulgada nesta quarta, a PF informa que os pilotos desligaram de forma "involuntária" o transponder, equipamento que evita a colisão de aeronaves.
Os pilotos sustentam que o equipamento não funcionou na hora do acidente. Conforme a PF, o transponder e o rádio foram encaminhados para teste na fábrica nos Estados Unidos e "não apresentaram defeito". "Além disso, após o choque, o equipamento foi ligado sem problemas e o código de emergência acionado".
A reportagem do "Jornal Nacional" mostra ainda que parentes das vítimas do acidente da Gol receberam no sábado pertences dos passageiros que estavam no vôo, entre eles roupas, bolsas, sapatos que ainda não haviam sido identificados.
Duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) foram abertas, uma no Senado, e outra, na Câmara de Deputados, para investigar o caso.
Em entrevista ao "Jornal Nacional", o chefe do Cindacta de Brasília, coronel Eduardo Raulino Santos, as telas comprovam que não houve falha nos equipamentos de controle de trafego aéreo na hora do acidente.
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