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15/01/2001
-
17h38
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
Personagem do filme "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas" ao lado do preso Helinho, o músico José Alexandre Santos, 29, o "Garnizé", disse que o "justiceiro" já esperava ser assassinado na cadeia.
"Ele dizia que o inferno não era embaixo da terra, mas no presídio", afirmou o músico, que é baterista do grupo pernambucano de rap Faces do Subúrbio.
Garnizé conviveu na infância com a mesma miséria de Helinho, na periferia de Camaragibe, região metropolitana de Recife.
"Mas seguimos caminhos diferentes e agora ele sentiu na pele o que fez com os outros", afirmou.
"Helinho dizia que limpava a cidade das almas sebosas e esquecia que os bandidos também eram gente", disse. "No começo, ele matava por dinheiro. Depois, acho que a fama de justiceiro ficou mais forte."
O músico disse que ficou "abalado" e "triste" com a notícia da morte do preso, mas acha que o maior culpado pelo crime foi o próprio Helinho. "Matador nunca é bem-vindo entre os presos na cadeia."
Para Garnizé, a morte do "pequeno príncipe", como também era conhecido Hélio José Muniz Filho, deve "servir de exemplo" para outros jovens envolvidos em crimes e para o poder público.
"Espero que tudo isso tenha repercussão entre os poderosos", afirmou.
"Eles precisam olhar com mais atenção para a periferia e cuidar mais dos jovens, que estão vulneráveis e sujeitos à violência."
Justiceiro esperava ser morto na cadeia
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da Agência Folha, em Recife
Personagem do filme "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas" ao lado do preso Helinho, o músico José Alexandre Santos, 29, o "Garnizé", disse que o "justiceiro" já esperava ser assassinado na cadeia.
"Ele dizia que o inferno não era embaixo da terra, mas no presídio", afirmou o músico, que é baterista do grupo pernambucano de rap Faces do Subúrbio.
Garnizé conviveu na infância com a mesma miséria de Helinho, na periferia de Camaragibe, região metropolitana de Recife.
"Mas seguimos caminhos diferentes e agora ele sentiu na pele o que fez com os outros", afirmou.
"Helinho dizia que limpava a cidade das almas sebosas e esquecia que os bandidos também eram gente", disse. "No começo, ele matava por dinheiro. Depois, acho que a fama de justiceiro ficou mais forte."
O músico disse que ficou "abalado" e "triste" com a notícia da morte do preso, mas acha que o maior culpado pelo crime foi o próprio Helinho. "Matador nunca é bem-vindo entre os presos na cadeia."
Para Garnizé, a morte do "pequeno príncipe", como também era conhecido Hélio José Muniz Filho, deve "servir de exemplo" para outros jovens envolvidos em crimes e para o poder público.
"Espero que tudo isso tenha repercussão entre os poderosos", afirmou.
"Eles precisam olhar com mais atenção para a periferia e cuidar mais dos jovens, que estão vulneráveis e sujeitos à violência."
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