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01/02/2001 - 14h07

Dez ficam feridos em queda de teleférico no Rio

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PEDRO DANTAS
CRISTIAN KLEIN

da Folha de S.Paulo, no Rio

A queda de um teleférico no parque aquático Rio Water Planet, em Vargem Grande (zona oeste do Rio), deixou 10 pessoas feridas hoje no Rio.

O acidente aconteceu por volta das 12h30, quando cerca de 3.500 pessoas estavam no local. O parque foi interditado por tempo indeterminado pela Defesa Civil municipal.

Uma vistoria preliminar feita por peritos da Defesa Civil municipal constatou que o cabo do teleférico saiu da roldana que fica no topo do teleférico, a uma altura de cerca de seis metros, provocando a queda de 12 cadeiras duplas, todas ocupadas.

Um erro na operação do equipamento teria causado o acidente.

O salva-vidas Robson Correia Neto, atingido pelo cabo, está internado em estado grave no Hospital Geral do Corpo de Bombeiros. Ele sofreu um traumatismo na coluna vertebral.

A estudante Fernanda Martins Pelose está internada no hospital RioMar, com um corte profundo na panturrilha e com traumatismo na coluna.

O Rio Water Planet foi inaugurado em 1998 e possui 28 atrações, entre piscinas, corredeiras e tobogãs.

O teleférico, que funcionava desde a abertura do parque, foi vistoriado pela última vez há dois anos, segundo a Defesa Civil.

De acordo com a direção do parque, o acidente aconteceu porque dois rapazes balançavam as cadeiras, o que fez com que uma delas se prendesse na torre de sustentação.

Com isso, o sistema de segurança do teleférico foi acionado, fazendo com que as cadeiras descessem "em velocidade programada" para que os passageiros pudessem sair.

"Não houve queda, as cadeiras desceram. Algumas pessoas ficaram nervosas e se jogaram antes de as cadeiras atingirem o solo", disse o gerente de marketing do parque, Pedro Drabik.

"Se a cadeira balança e cai, o equipamento não poderia funcionar. Esse sistema de segurança não existe. É mentira", disse o coordenador da Defesa Civil, coronel João Carlos Mariano.

A versão de quem sofreu ferimentos no acidente também é diferente da dos diretores do parque.

"Ninguém balançava as cadeiras, apenas o vento. Ouvimos um estouro e caímos todos. Eu e minha namorada caímos no mato e meus tios nas pedras", disse o estudante Gustavo Taveira Martins, 21, que teve ferimentos no rosto e na perna esquerda.

O socorro às vítimas também teve versões diferentes. A administração do parque disse que os feridos foram atendidos imediatamente pela equipe médica de plantão _dois médicos e três enfermeiros.

Testemunhas e feridos afirmam que o socorro foi prestado de forma precária por salva-vidas. "O socorro demorou 20 minutos, os salva vidas abandonaram os outros brinquedos e começaram a recolher os feridos", disse Marcos Araújo, 25.

Martins, namorado de Fernanda Pelose, chegou a discutir com funcionários. "A Fernanda tinha um corte na perna, não conseguia andar e os salva vidas queriam tirá-la de lá com uma bóia."

A estudante de medicina Madalena Freitas, 19, estava no topo do teleférico e contou ter visto o cabo atingindo o salva-vidas Robson Correia Neto.

"Foi horrível. Ele despencou na minha frente e caiu no mato desacordado", disse. Na versão da direção do parque, Neto caiu ao se desequilibrar quando socorria uma pessoa.

O Rio Water Planet continuou a funcionar logo após o acidente e só foi interditado às 17h. O parque foi multado pela Defesa Civil em R$ 283,00. Amanhã será feita nova perícia no local.
 

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