Publicidade
Publicidade
12/06/2000
-
22h01
da Folha de S.Paulo
O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a ação da polícia no Rio e disse nesta segunda-feira (12) que está na hora de pôr "de lado quaisquer veleidades sobretudo qualquer tipo de exploração política desses eventos" para que se possa "agir com mais energia para coibir esses atos que são francamente assustadores".
FHC desceu à sala de entrevistas do Palácio do Planalto às 20h e fez um rápido pronunciamento sobre o sequestro seguido de morte no Rio. A seguir, a íntegra da fala do presidente:
"Nós acabamos de assistir todos estarrecidos, durante horas, uma cena de um sequestro de uma pessoa aparentemente drogada numa violência absolutamente inaceitável e até certo ponto contristado (entristecido) por não ver uma ação mais rápida que fosse capaz de evitar o desenlace fatal de uma jovem absolutamente inocente".
"Isso impõe a todos nós brasileiros e sobretudo nós que temos responsabilidade de governo a necessidade de uma ação conjunta, mais eficaz, para combater a violência, o crime, a droga, porque estamos chegando a um ponto que é inaceitável."
"E eu, como presidente da República, não poderia deixar de dar uma palavra primeiro de solidariedade à família, mas também ao povo sofrido das cidades do Brasil".
"Com todas as dificuldades que existem, nós temos que nos dar as mãos: os governadores, o presidente da República, as forças de segurança, as Forças Armadas, no que lhes corresponde, para pôr um paradeiro a essa onda de violência que tem no crime organizado, na droga, as molas fundamentais".
"Acho que o país não aguenta mais. Embora nós já estejamos aqui no âmbito da nossa ação nos organizando para impulsionar um programa de emergência, essa violência assistida hoje pelo Brasil obriga uma velocidade maior, e o governo federal entrará em contato de imediato, como já fiz hoje, com o governador do Rio de Janeiro, que naturalmente me disse que eles estavam fazendo o que lhes correspondia e eu disse que o que ele necessitasse..., mas eu sei que nessas horas depende da ação direta de quem tem o comando sobre a polícia, mas eu acho que está na hora de nós pormos de lado quaisquer veleidades sobretudo qualquer tipo de exploração política desses eventos para que possamos agir com mais energia para coibir esses atos que são francamente assustadores".
Tensão
A tensão com o episódio alterou a rotina do Planalto. FHC acompanhou parte da transmissão ao vivo do drama dos reféns. Ele foi acionado pelo ministro Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
As cenas do sequestro foram vistas na maioria dos gabinetes do Palácio.
O ministro da Justiça, José Gregori, disse ter ficado "chocadíssimo" com o drama dos reféns.
Sua primeira atitude foi telefonar a FHC, que, àquela altura, já havia entrado em contato com o governador do Rio.
Garotinho dispensou a ajuda federal e tranquilizou o presidente. Ele disse estar confiante na ação da polícia, que, segundo ele, estaria usando técnicas apropriadas para imobilizar o assaltante.
Leia mais sobre o ônibus sequestrado no Rio na Folha Online
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Presidente critica a ação da polícia no Rio
Publicidade
O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a ação da polícia no Rio e disse nesta segunda-feira (12) que está na hora de pôr "de lado quaisquer veleidades sobretudo qualquer tipo de exploração política desses eventos" para que se possa "agir com mais energia para coibir esses atos que são francamente assustadores".
FHC desceu à sala de entrevistas do Palácio do Planalto às 20h e fez um rápido pronunciamento sobre o sequestro seguido de morte no Rio. A seguir, a íntegra da fala do presidente:
"Nós acabamos de assistir todos estarrecidos, durante horas, uma cena de um sequestro de uma pessoa aparentemente drogada numa violência absolutamente inaceitável e até certo ponto contristado (entristecido) por não ver uma ação mais rápida que fosse capaz de evitar o desenlace fatal de uma jovem absolutamente inocente".
"Isso impõe a todos nós brasileiros e sobretudo nós que temos responsabilidade de governo a necessidade de uma ação conjunta, mais eficaz, para combater a violência, o crime, a droga, porque estamos chegando a um ponto que é inaceitável."
"E eu, como presidente da República, não poderia deixar de dar uma palavra primeiro de solidariedade à família, mas também ao povo sofrido das cidades do Brasil".
"Com todas as dificuldades que existem, nós temos que nos dar as mãos: os governadores, o presidente da República, as forças de segurança, as Forças Armadas, no que lhes corresponde, para pôr um paradeiro a essa onda de violência que tem no crime organizado, na droga, as molas fundamentais".
"Acho que o país não aguenta mais. Embora nós já estejamos aqui no âmbito da nossa ação nos organizando para impulsionar um programa de emergência, essa violência assistida hoje pelo Brasil obriga uma velocidade maior, e o governo federal entrará em contato de imediato, como já fiz hoje, com o governador do Rio de Janeiro, que naturalmente me disse que eles estavam fazendo o que lhes correspondia e eu disse que o que ele necessitasse..., mas eu sei que nessas horas depende da ação direta de quem tem o comando sobre a polícia, mas eu acho que está na hora de nós pormos de lado quaisquer veleidades sobretudo qualquer tipo de exploração política desses eventos para que possamos agir com mais energia para coibir esses atos que são francamente assustadores".
Tensão
A tensão com o episódio alterou a rotina do Planalto. FHC acompanhou parte da transmissão ao vivo do drama dos reféns. Ele foi acionado pelo ministro Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
As cenas do sequestro foram vistas na maioria dos gabinetes do Palácio.
O ministro da Justiça, José Gregori, disse ter ficado "chocadíssimo" com o drama dos reféns.
Sua primeira atitude foi telefonar a FHC, que, àquela altura, já havia entrado em contato com o governador do Rio.
Garotinho dispensou a ajuda federal e tranquilizou o presidente. Ele disse estar confiante na ação da polícia, que, segundo ele, estaria usando técnicas apropriadas para imobilizar o assaltante.
Leia mais sobre o ônibus sequestrado no Rio na Folha Online
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice