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12/06/2000
-
23h05
LUIZ ANTÔNIO RYFF, da Sucursal do Rio
O governador do Rio Anthony Garotinho (PDT) afirmou nesta segunda-feira (12) que o desfecho do sequestro "foi infeliz", mas não quis dizer que erros foram cometidos na ação. "A falha foi ter morrido alguém", declarou.
Ele disse que acompanhou a sequestro pela TV e manteve contatos com o comandante da operação, o tenente-coronel José Penteado, comandante do Bope (Batalhão Operações Especiais), a quem pediu que "se evitasse qualquer tipo de ação que resultasse em vítimas".
"O desfecho não agradou nem a mim nem a ele", disse, referindo-se a Penteado. O tenente-coronel não soube dizer se as balas que mataram a refém Geísa Firmo Gonçalves partiram da polícia, mas negou que seus comandados tenham dado muitos tiros.
"A PM não efetuou muitos disparos. Tanto que, se tivesse efetuado muitos disparos, muitas pessoas estariam feridas."
Em entrevista à imprensa ontem à noite, Garotinho afirmou que o criminoso identificado apenas como Sérgio era um "psicopata". "Não queria estar no lugar de nenhum dos passageiros", disse.
O governador afirmou ainda que o presidente Fernando Henrique Cardoso telefonou para ele com o sequestro em andamento, perguntando se não era possível lançar um gás ou tomar qualquer outra medida que desse um desfecho rápido ao caso. Mais tarde, em coletiva à imprensa, FHC criticou a ação policial.
No final da entrevista para os jornalistas, Garotinho rebateu as críticas sem citar diretamente o presidente. "Nós não precisamos de gente para fazer demagogia. Nós precisamos de gente para nos ajudar. Uma hora dessas não é hora para fazer política."
Logo após a ação da polícia contra o sequestrador, antes de ter conhecimento da morte da refém, a assessoria de imprensa de Garotinho informou que o governador "sentiu-se aliviado" com o desfecho, que ele elogiara a atuação enérgica da polícia e que ele havia considerado que o final do sequestro havia sido "a melhor solução possível".
Ao tomar conhecimento da morte da refém, Garotinho convocou uma reunião com Penteado, com o secretário de Segurança Pública, Josias Quintal, e com o comandante da PM, Sérgio da Cruz. Todos participaram da entrevista.
O sequestro do ônibus teve início no mesmo momento em que Garotinho dava uma palestra sobre a cobertura que a mídia faz da violência e sobre a política de segurança do Estado para jornalistas brasileiros e internacionais no 53º Congresso Mundial de Jornais no hotel Intercontinental, em São Conrado, zona sul do Rio.
O governador reclamou da cobertura da imprensa sobre o caso. "Nessas horas todo mundo procura um culpado", disse ele, lamentando o episódio. "Essa menina poderia ser minha filha."
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Para Garotinho, desfecho do sequestro "foi infeliz"
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O governador do Rio Anthony Garotinho (PDT) afirmou nesta segunda-feira (12) que o desfecho do sequestro "foi infeliz", mas não quis dizer que erros foram cometidos na ação. "A falha foi ter morrido alguém", declarou.
Ele disse que acompanhou a sequestro pela TV e manteve contatos com o comandante da operação, o tenente-coronel José Penteado, comandante do Bope (Batalhão Operações Especiais), a quem pediu que "se evitasse qualquer tipo de ação que resultasse em vítimas".
"O desfecho não agradou nem a mim nem a ele", disse, referindo-se a Penteado. O tenente-coronel não soube dizer se as balas que mataram a refém Geísa Firmo Gonçalves partiram da polícia, mas negou que seus comandados tenham dado muitos tiros.
"A PM não efetuou muitos disparos. Tanto que, se tivesse efetuado muitos disparos, muitas pessoas estariam feridas."
Em entrevista à imprensa ontem à noite, Garotinho afirmou que o criminoso identificado apenas como Sérgio era um "psicopata". "Não queria estar no lugar de nenhum dos passageiros", disse.
O governador afirmou ainda que o presidente Fernando Henrique Cardoso telefonou para ele com o sequestro em andamento, perguntando se não era possível lançar um gás ou tomar qualquer outra medida que desse um desfecho rápido ao caso. Mais tarde, em coletiva à imprensa, FHC criticou a ação policial.
No final da entrevista para os jornalistas, Garotinho rebateu as críticas sem citar diretamente o presidente. "Nós não precisamos de gente para fazer demagogia. Nós precisamos de gente para nos ajudar. Uma hora dessas não é hora para fazer política."
Logo após a ação da polícia contra o sequestrador, antes de ter conhecimento da morte da refém, a assessoria de imprensa de Garotinho informou que o governador "sentiu-se aliviado" com o desfecho, que ele elogiara a atuação enérgica da polícia e que ele havia considerado que o final do sequestro havia sido "a melhor solução possível".
Ao tomar conhecimento da morte da refém, Garotinho convocou uma reunião com Penteado, com o secretário de Segurança Pública, Josias Quintal, e com o comandante da PM, Sérgio da Cruz. Todos participaram da entrevista.
O sequestro do ônibus teve início no mesmo momento em que Garotinho dava uma palestra sobre a cobertura que a mídia faz da violência e sobre a política de segurança do Estado para jornalistas brasileiros e internacionais no 53º Congresso Mundial de Jornais no hotel Intercontinental, em São Conrado, zona sul do Rio.
O governador reclamou da cobertura da imprensa sobre o caso. "Nessas horas todo mundo procura um culpado", disse ele, lamentando o episódio. "Essa menina poderia ser minha filha."
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