Publicidade
Publicidade
13/06/2000
-
23h15
da Sucursal do Rio
O sequestro dos 10 passageiros do ônibus da linha Gávea-Central do Brasil e a ação da polícia, que resultou na morte de uma refém, revoltaram a reitoria, alunos e professores da PUC do Rio, que teve duas estudantes mantidas por quatro horas e meia na mira do sequestrador _Janaína Lopes Neves, 23, e Luana Guimarães, 19.
A linha 174, que liga a Central à Gávea, é muito utilizada pelos estudantes e funcionários da PUC que vêm da zona norte, de Botafogo e do Centro do Rio.
A reitoria marcou uma missa hoje na capela da PUC, às 12h, em memória de Geísa Firmo Gonçalves e em ação de graças pela salvação das duas alunas.
Janaína, que é estudante do 1º período de administração, foi obrigada a simular a própria morte, após ter o cano do revólver colocado em sua boca.
"Foi uma ação desastrada e tudo indica que a polícia matou a refém", declarou o reitor da PUC, Jesus Hortal, antes de o governo do Estado reconhecer oficialmente que isso havia acontecido.
Mesmo ausente da aula, Luana foi elogiada pelos colegas pela calma que manteve durante todo o episódio, no qual foi a primeira a se oferecer como intermediária entre o assaltante e a polícia.
Estudante do 5º período de jornalismo, com bolsa integral por mérito, ela diz que tentou manter um diálogo o tempo todo com o sequestrador.
"Não fiquei apavorada, tentei tranquilizar os outros reféns e conversar com ele."
Em um dos diálogos, Luana disse que perguntou "Você sabe quem é a maior vítima disso tudo?" e que o criminoso respondeu que não sabia. "Aí eu respondi que era ele e ele se calou."
Luana desconfia que o criminoso estivesse drogado, pois tinha os olhos vermelhos e cantava músicas enaltecendo o Diabo. Ela diz que, minutos antes de o sequestrador deixar o ônibus com Geísa, ele fez um sorteio para saber quem seria a refém. "No sorteio ele me escolheu. Por que ele acabou levando a Geísa, eu não sei."
Apesar do susto e da indignação, os alunos não pretendiam mudar o hábito de utilizar o ônibus para chegar à PUC.
Clique aqui para ler toda a cobertura do caso na página especial Pânico no Rio
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Ação da polícia revolta universidade
Publicidade
O sequestro dos 10 passageiros do ônibus da linha Gávea-Central do Brasil e a ação da polícia, que resultou na morte de uma refém, revoltaram a reitoria, alunos e professores da PUC do Rio, que teve duas estudantes mantidas por quatro horas e meia na mira do sequestrador _Janaína Lopes Neves, 23, e Luana Guimarães, 19.
A linha 174, que liga a Central à Gávea, é muito utilizada pelos estudantes e funcionários da PUC que vêm da zona norte, de Botafogo e do Centro do Rio.
A reitoria marcou uma missa hoje na capela da PUC, às 12h, em memória de Geísa Firmo Gonçalves e em ação de graças pela salvação das duas alunas.
Janaína, que é estudante do 1º período de administração, foi obrigada a simular a própria morte, após ter o cano do revólver colocado em sua boca.
"Foi uma ação desastrada e tudo indica que a polícia matou a refém", declarou o reitor da PUC, Jesus Hortal, antes de o governo do Estado reconhecer oficialmente que isso havia acontecido.
Mesmo ausente da aula, Luana foi elogiada pelos colegas pela calma que manteve durante todo o episódio, no qual foi a primeira a se oferecer como intermediária entre o assaltante e a polícia.
Estudante do 5º período de jornalismo, com bolsa integral por mérito, ela diz que tentou manter um diálogo o tempo todo com o sequestrador.
"Não fiquei apavorada, tentei tranquilizar os outros reféns e conversar com ele."
Em um dos diálogos, Luana disse que perguntou "Você sabe quem é a maior vítima disso tudo?" e que o criminoso respondeu que não sabia. "Aí eu respondi que era ele e ele se calou."
Luana desconfia que o criminoso estivesse drogado, pois tinha os olhos vermelhos e cantava músicas enaltecendo o Diabo. Ela diz que, minutos antes de o sequestrador deixar o ônibus com Geísa, ele fez um sorteio para saber quem seria a refém. "No sorteio ele me escolheu. Por que ele acabou levando a Geísa, eu não sei."
Apesar do susto e da indignação, os alunos não pretendiam mudar o hábito de utilizar o ônibus para chegar à PUC.
Clique aqui para ler toda a cobertura do caso na página especial Pânico no Rio
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice