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17/03/2001
-
13h44
da Folha de S. Paulo, em Macaé (Rio)
De acordo com o presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, a prioridade da empresa é estabilizar a plataforma P-36, que pode submergir a qualquer momento, para resgatar os corpos dos dez trabalhadores desaparecidos.
O resgate dos dez trabalhadores é dificultado porque todos os corpos, segundo a Petrobras, estão confinados na coluna que explodiu e está inundada pela água.
A Petrobras não acredita mais que haja sobreviventes. "Eles pagaram com suas próprias vidas para defender a segurança da plataforma, dos nossos funcionários e dos nossos terceirizados", disse Reichstul.
Ele afirmou que os dez trabalhadores pertenciam a duas brigadas de incêndio e, por isso, tinham a obrigação de proteger os outros funcionários. "Nenhuma pessoa que não estava envolvida no combate foi ferida. Esses dez trabalhadores são heróis, são bravos", disse Reichstul, em Macaé.
A família de Sérgio dos Santos Souza, uma das vítimas, no entanto, estava revoltada com o acidente e disse que os funcionários da brigada de incêndio não estavam preparados para a função.
"Meu irmão era mecânico. Essas brigadas são formadas por trabalhadores que têm outras funções na empresa. Tem eletricistas, operadores de tubulação. É um absurdo. Eles são submetidos a múltiplas funções e, num momento desse, de acidente, estão cansados e sem o preparo adequado. Não são bombeiros", disse Sandra Maria dos Santos Souza, irmã da vítima, que veio de Salvador, onde mora, com outros três irmãos da família.
Na noite de ontem, um grupo de mergulhadores, incluindo estrangeiros especializados em resgate de embarcações, foi à plataforma por meio de um barco inflável.
A aproximação é considerada de altíssimo risco, pois a plataforma ainda não está estável, e foi feita de forma voluntária pelos mergulhadores. "Nossa responsabilidade é reencontrar os corpos e entregá-los às famílias, evitar um problema ambiental e, quem sabe, recuperar a plataforma no futuro", disse Reichstul.
Leia mais notícias sobre o acidente na P-36
Resgate dos corpos na P-36 é dificultado por inundação de coluna
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De acordo com o presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, a prioridade da empresa é estabilizar a plataforma P-36, que pode submergir a qualquer momento, para resgatar os corpos dos dez trabalhadores desaparecidos.
O resgate dos dez trabalhadores é dificultado porque todos os corpos, segundo a Petrobras, estão confinados na coluna que explodiu e está inundada pela água.
A Petrobras não acredita mais que haja sobreviventes. "Eles pagaram com suas próprias vidas para defender a segurança da plataforma, dos nossos funcionários e dos nossos terceirizados", disse Reichstul.
Ele afirmou que os dez trabalhadores pertenciam a duas brigadas de incêndio e, por isso, tinham a obrigação de proteger os outros funcionários. "Nenhuma pessoa que não estava envolvida no combate foi ferida. Esses dez trabalhadores são heróis, são bravos", disse Reichstul, em Macaé.
A família de Sérgio dos Santos Souza, uma das vítimas, no entanto, estava revoltada com o acidente e disse que os funcionários da brigada de incêndio não estavam preparados para a função.
"Meu irmão era mecânico. Essas brigadas são formadas por trabalhadores que têm outras funções na empresa. Tem eletricistas, operadores de tubulação. É um absurdo. Eles são submetidos a múltiplas funções e, num momento desse, de acidente, estão cansados e sem o preparo adequado. Não são bombeiros", disse Sandra Maria dos Santos Souza, irmã da vítima, que veio de Salvador, onde mora, com outros três irmãos da família.
Na noite de ontem, um grupo de mergulhadores, incluindo estrangeiros especializados em resgate de embarcações, foi à plataforma por meio de um barco inflável.
A aproximação é considerada de altíssimo risco, pois a plataforma ainda não está estável, e foi feita de forma voluntária pelos mergulhadores. "Nossa responsabilidade é reencontrar os corpos e entregá-los às famílias, evitar um problema ambiental e, quem sabe, recuperar a plataforma no futuro", disse Reichstul.
Leia mais notícias sobre o acidente na P-36
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