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22/03/2001 - 08h25

Petroleiros param e celebram ato em homenagem a mortos da P-36

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da Folha Online

Os petroleiros estão celebrando um ato ecumênico em diversos locais do país em homenagem aos dez mortos no acidente com a plataforma P-36 da Petrobras, que explodiu e afundou na bacia de Campos, Rio.

Em Macaé, norte fluminense, cerca de 100 petroleiros participam do ato ecumênico. Celebram o ato um padre católico, um pastor protestante e um representante do espiritismo. Parentes dos mortos também estão presentes.

Após o ato haverá uma assembléia em que a categoria decide se realiza uma paralisação de 24 horas na bacia de Campos. Às 16h ocorrerá uma missa de 7º dia em memória aos mortos no acidente da plataforma, organizada pelo sindicato dos petroleiros.

Em Duque de Caxias, na baixada fluminense, o ato conta com a presença de 70 petroleiros. A categoria realizará depois uma assembléia para decidir se mantém uma paralisação de 24 horas.

Parte dos trabalhadores não aderiu à paralisação, principalmente do setor administrativo.

Em São Caetano, na Grande São Paulo, os petroleiros estão paralisados. O presidente do sindicato da categoria na região, José Samuel Magalhães, disse que os terminais de Santos, Alemoa, São Sebastião, Utinga, Barueri e Guarulhos também estão parados e que não haverá troca de turno.

A celebração do ato em São Paulo ocorrerá às 12h30 em frente ao prédio da administração da Petrobras, no centro da capital.

Na refinaria do Planalto, em Paulínia, região metropolitana de Campinas, o culto reúne cerca de 150 petroleiros. A polícia rodoviária reforçou a segurança nas imediações do pólo petroquímico.

Uma fila de ônibus que leva os operário até o trabalho está sendo formada na estrada SP-332, que liga Campinas a Cosmópolis, o que deixa os policiais mais preocupados.

Apesar da suspensão da troca de turno por 24 horas, a produção de derivados de petróleo na unidade não deve ser prejudicada, já que a equipe de 60 funcionários que entrou para trabalhar na tarde de ontem vai permanecer nos postos até as 23h30 de hoje.

A manifestação é tranquila em Campinas e o protesto conta com o apoio dos trabalhadores das empreiteiras de construção civil e montagem industrial que prestam serviço na refinaria.

Na refinaria de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, cerca de 100 petroleiros participam do ato. O sindicato da categoria teve de se esforçar para mobilizar os trabalhadores. A maioria dos petroleiros ignorou a paralisação e entrou para trabalhar.

O ato ecumênico realizado em Betim homenageia não só os mortos no acidente da P-36 como também os mortos da região. Entre 95 e 98 morreram oito funcionários de Belo Horizonte.

Foram plantadas em frente da refinaria cinco árvores simbolizando cinco funcionários mortos em 98. Nessa época, uma explosão de gasolina na unidade 136 considerada uma das mais perigosas da região matou cinco petroleiros e feriu outros sete.

Na refinaria de Araucária, em Curitiba, os petroleiros administrativos entraram normalmente para trabalhar. Não deve haver troca de turno no setor de produção. A adesão à paralisação na área é de 100%, segundo o sindicato da categoria na região. As informações são da rádio CBN.

Leia especial sobre acidente na plataforma da Petrobras
 

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