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14/06/2000
-
19h02
da Folha Online
e da Folha de S.Paulo
Os professores do ensino básico da rede pública de São Paulo decidiram em assembléia nesta quarta-feira (14) pelo fim da greve da categoria, que começou no dia 2 de maio.
Das 59 subsedes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), 46 pediram pelo fim da paralisação, que vinha enfraquecendo nos últimos dias. A greve chegou a atingir 80% das escolas, mas caiu para menos de 20% na semana passada, o que motivou os professores pelo fim.
A Apeoesp calcula que a adesão da greve em todo o Estado caiu hoje para 9,5%. Na cidade de São Paulo a adesão chegava a 11%, na Grande São Paulo 8% e no interior 9% da categoria.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, afirmou que não considerou o fim da greve como uma derrota. Para ela, o movimento serviu como uma denúncia contra o "arrocho salarial" dos professores. Os professores estavam parados desde o dia 3 de maio.
Reposição
Os professores disseram que só vão repor as aulas perdidas se esses dias forem pagos ou se os dias parados não forem descontados. A Secretaria de Educação anunciou anteriormente que vai descontar os dias parados e não vai pagar as reposições.
Maria Izabel atribuiu o fim da greve à pressão da Secretaria de Educação sobre os grevistas. Entre as principais ameaças, segundo ela, estão o corte de salário, processos administrativos contra professores, não-retirada de faltas dos dias parados do prontuário e a desocupação forçada do acampamento que estava na praça da República, e foi retirada na madrugada desta segunda-feira (12) pela PM.
De acordo com representantes do sindicato, mesmo com o fim da greve, eles vão continuar lutando por melhorias no ensino e salariais e pedindo pela libertação dos três docentes presos no dia 1º de junho, durante agressão que o governador Mário Covas enquanto tentava sair da Secretaria de Educação.
Gratificação
Os professores poderão ficar sem a gratificação oferecida pelo governo no início do mês, apesar da decisão de acabar com a greve.
Pela manhã, questionado se a proposta estava mantida, o governador Mário Covas respondeu: "Neste instante, não".
Ele argumentou que a Apeoesp não aceitou as gratificações de R$ 48 a R$ 80, de acordo com a jornada de trabalho. "Não foi aceita, morreu", disse o governador.
Covas deu a entender, no entanto, que não descartava fazer a mesma oferta após os professores decidirem pela suspensão da greve. "Deixa vir a proposta (dos professores) que a gente vê."
Na semana passada, após a assembléia que decidiu pela rejeição da proposta do governo, a secretária da Educação, Rose Neubauer, disse que os professores poderiam ficar sem nenhuma gratificação, mesmo que a greve acabasse.
"Eles correm o risco de sair sem nada. As entidades recusaram o aumento", afirmou Rose.
A secretária não quis comentar hoje o fim da paralisação. A assessoria de imprensa informou que o caso deveria ser tratado com o governador do Estado, Mário Covas, já que ele foi o autor da proposta.
Quanto à reposição das aulas, a assessoria garantiu que haverá reposição para que se cumpram os 200 dias letivos, determinados pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
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Greve de professores de SP acaba após 44 dias, sem acordo
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Os professores do ensino básico da rede pública de São Paulo decidiram em assembléia nesta quarta-feira (14) pelo fim da greve da categoria, que começou no dia 2 de maio.
Das 59 subsedes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), 46 pediram pelo fim da paralisação, que vinha enfraquecendo nos últimos dias. A greve chegou a atingir 80% das escolas, mas caiu para menos de 20% na semana passada, o que motivou os professores pelo fim.
A Apeoesp calcula que a adesão da greve em todo o Estado caiu hoje para 9,5%. Na cidade de São Paulo a adesão chegava a 11%, na Grande São Paulo 8% e no interior 9% da categoria.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, afirmou que não considerou o fim da greve como uma derrota. Para ela, o movimento serviu como uma denúncia contra o "arrocho salarial" dos professores. Os professores estavam parados desde o dia 3 de maio.
Reposição
Os professores disseram que só vão repor as aulas perdidas se esses dias forem pagos ou se os dias parados não forem descontados. A Secretaria de Educação anunciou anteriormente que vai descontar os dias parados e não vai pagar as reposições.
Maria Izabel atribuiu o fim da greve à pressão da Secretaria de Educação sobre os grevistas. Entre as principais ameaças, segundo ela, estão o corte de salário, processos administrativos contra professores, não-retirada de faltas dos dias parados do prontuário e a desocupação forçada do acampamento que estava na praça da República, e foi retirada na madrugada desta segunda-feira (12) pela PM.
De acordo com representantes do sindicato, mesmo com o fim da greve, eles vão continuar lutando por melhorias no ensino e salariais e pedindo pela libertação dos três docentes presos no dia 1º de junho, durante agressão que o governador Mário Covas enquanto tentava sair da Secretaria de Educação.
Gratificação
Os professores poderão ficar sem a gratificação oferecida pelo governo no início do mês, apesar da decisão de acabar com a greve.
Pela manhã, questionado se a proposta estava mantida, o governador Mário Covas respondeu: "Neste instante, não".
Ele argumentou que a Apeoesp não aceitou as gratificações de R$ 48 a R$ 80, de acordo com a jornada de trabalho. "Não foi aceita, morreu", disse o governador.
Covas deu a entender, no entanto, que não descartava fazer a mesma oferta após os professores decidirem pela suspensão da greve. "Deixa vir a proposta (dos professores) que a gente vê."
Na semana passada, após a assembléia que decidiu pela rejeição da proposta do governo, a secretária da Educação, Rose Neubauer, disse que os professores poderiam ficar sem nenhuma gratificação, mesmo que a greve acabasse.
"Eles correm o risco de sair sem nada. As entidades recusaram o aumento", afirmou Rose.
A secretária não quis comentar hoje o fim da paralisação. A assessoria de imprensa informou que o caso deveria ser tratado com o governador do Estado, Mário Covas, já que ele foi o autor da proposta.
Quanto à reposição das aulas, a assessoria garantiu que haverá reposição para que se cumpram os 200 dias letivos, determinados pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
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