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04/04/2001 - 21h01

Informações de estudo do IBGE devem ter uso eleitoral

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da Sucursal do Rio

A evolução dos indicadores sociais revelada na Síntese de Indicadores do IBGE divulgada hoje evidencia melhora em três áreas _saúde, educação e renda_, beneficiando, potencialmente, os três ministros cotados como presidenciáveis que estão no governo: José Serra, Paulo Renato de Souza e Pedro Malan.

Analistas discordam sobre quem poderia se beneficiar mais desses indicadores. Concordam apenas que os dados vão servir para uso político em 2002.

Doutor pela Universidade de Berkeley, o cientista político Edson Nunes acha que Malan é quem mais tem a ganhar politicamente. "Em qualquer economia que se saia razoavelmente bem, o ministro que leva vantagem é o da Fazenda. Resta saber se ele quer faturar politicamente isso."
Nunes acredita que uma série de condições, "como a eliminação da inflação, a estabilidade econômica e a respeitabilidade internacional, fazem do Malan o fiador do sucesso dos outros dois".

"E só ele pode ter o discurso de que agora chegou a hora da distribuição de renda. Se o discurso for feito pelos outros dois, vai soar como crítica ao governo", afirma ele, ressaltando que Malan não tem perfil de líder de massa. "Embora na juventude ele tivesse militância estudantil e profissional."

O economista Carlos Lessa (UFRJ) discorda. Ele acredita que não vai ser fácil alguém conseguir se beneficiar dos indicadores relativos à renda em 2002. E isso, claro, inclui Malan. "Vai ser difícil", avalia ele, que considera que Serra leva vantagem nos números. E que eles tendem a se manter positivos até 2002. "Mas acho que não dá para ser presidente", diz.

Nunes acha que, do ponto de vista da melhoria dos indicadores e da responsabilidade sobre eles, Paulo Renato leva vantagem indiscutível. Ele está há mais tempo à frente da pasta da Educação e pode se apresentar como responsável pelos indicadores positivos. Resta saber se ele vai conseguir desenvolver esse potencial. Até agora, segundo Nunes, Serra tem se mostrado extremamente competente nesse aspecto.

"Qualquer um que se beneficie está muito bom para mim. Desde que seja do PSDB", ri o banqueiro e economista Edmar Bacha.
 

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