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04/04/2001
-
21h12
ARI CIPOLA
da Agência Folha, em Maceió
Alagoas continua sendo o Estado brasileiro com menor desenvolvimento social, segundo o estudo do IBGE divulgado hoje. Pela ordem, é seguido por Piauí e Maranhão.
A situação alagoana pode ser verificada nos dois índices em que o Estado é recordista: a mortalidade infantil e o analfabetismo. De cada mil crianças nascidas vivas em Alagoas em 1992, 90 morriam antes de completar um ano. Em 1999, o índice foi de 66,1 mortes.
Uma em cada quatro mortes de bebês em Alagoas é causada por doenças relacionadas a problemas da qualidade da água e falta de saneamento básico. O município de Teotônio Vilela, por exemplo, teve, em 1994, 377 mortes.
A cidade virou uma espécie de canteiro de obras do governo federal, que pretendia alterar o quadro. O atual governo chegou a prometer que seria o primeiro município a ter 100% de rede de esgoto na região Nordeste.
As obras de instalação foram feitas nos últimos cinco anos. Os canos que cortam a cidade estão ligados a duas represas de tratamento de esgoto. Mas tanto os canos quanto as represas estão secos, inutilizados.
A população local é tão pobre que não tem recursos para realizar a parte da obra que falta: as ligações entre as casas e a tubulação de R" 2 milhões.
"Conseguimos R$ 500 mil este ano da Fundação Nacional de Saúde para realizar as ligações domiciliares", disse o presidente Nacional do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho. A cidade tem o nome do pai dele, ex-senador.
Analfabetismo
Ainda em Alagoas, os analfabetos com 15 anos ou mais eram, em 1992, 35,6% dos habitantes. Ao longo da década passada esse número cresceu. Seu pico foi em 1996 e 1997, com 36,2%. Em 99, o índice ficou em 32,8%.
O Piauí, que em 1992 era o líder nacional de analfabetismo (36,8%), passou ao segundo lugar, por ter chegado em 1999 com 31,8%. Nesse ano, o Maranhão ficou com índice de 28,8%.
Nos três Estados, cinco em cada dez moradores são analfabetos funcionais _aqueles que estudaram, mas sabem escrever apenas o nome, por exemplo.
O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), disse que os índices de mortalidade infantil no Estado caíram em 2000 para 51 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.
Segundo ele, o governo tem tentado reduzir o número, apesar dos problemas econômicos.
Alagoas é estado brasileiro com menor desenvolvimento, diz estudo
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da Agência Folha, em Maceió
Alagoas continua sendo o Estado brasileiro com menor desenvolvimento social, segundo o estudo do IBGE divulgado hoje. Pela ordem, é seguido por Piauí e Maranhão.
A situação alagoana pode ser verificada nos dois índices em que o Estado é recordista: a mortalidade infantil e o analfabetismo. De cada mil crianças nascidas vivas em Alagoas em 1992, 90 morriam antes de completar um ano. Em 1999, o índice foi de 66,1 mortes.
Uma em cada quatro mortes de bebês em Alagoas é causada por doenças relacionadas a problemas da qualidade da água e falta de saneamento básico. O município de Teotônio Vilela, por exemplo, teve, em 1994, 377 mortes.
A cidade virou uma espécie de canteiro de obras do governo federal, que pretendia alterar o quadro. O atual governo chegou a prometer que seria o primeiro município a ter 100% de rede de esgoto na região Nordeste.
As obras de instalação foram feitas nos últimos cinco anos. Os canos que cortam a cidade estão ligados a duas represas de tratamento de esgoto. Mas tanto os canos quanto as represas estão secos, inutilizados.
A população local é tão pobre que não tem recursos para realizar a parte da obra que falta: as ligações entre as casas e a tubulação de R" 2 milhões.
"Conseguimos R$ 500 mil este ano da Fundação Nacional de Saúde para realizar as ligações domiciliares", disse o presidente Nacional do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho. A cidade tem o nome do pai dele, ex-senador.
Analfabetismo
Ainda em Alagoas, os analfabetos com 15 anos ou mais eram, em 1992, 35,6% dos habitantes. Ao longo da década passada esse número cresceu. Seu pico foi em 1996 e 1997, com 36,2%. Em 99, o índice ficou em 32,8%.
O Piauí, que em 1992 era o líder nacional de analfabetismo (36,8%), passou ao segundo lugar, por ter chegado em 1999 com 31,8%. Nesse ano, o Maranhão ficou com índice de 28,8%.
Nos três Estados, cinco em cada dez moradores são analfabetos funcionais _aqueles que estudaram, mas sabem escrever apenas o nome, por exemplo.
O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), disse que os índices de mortalidade infantil no Estado caíram em 2000 para 51 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.
Segundo ele, o governo tem tentado reduzir o número, apesar dos problemas econômicos.
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