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22/04/2001 - 17h47

Secretário de Garotinho ouvirá na Colômbia depoimentos de Beira-Mar

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da Folha Online

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Josias Quintal, viajou no domingo para a cidade de Marandua, na Colômbia, para ouvir depoimentos do traficante Fernandinho Beira-Mar, preso pelo exército colombiano no sábado.

Segundo informações da Reuters, Josias Quintal chegou a Bogotá pela manhã, acompanhado do major da Polícia Militar, Rogério Seabra, do coordenador de Comunicação Social do Estado, Carlos Henrique Vasconcelos, e de um delegado, informou a Agência Brasil.

O governador do Rio, Anthony Garotinho, decidiu enviar o secretário de Segurança Pública à Colômbia após ter sido confirmada a prisão de Beira-Mar.

De acordo com a assessoria de Comunicação do Palácio Guanabara, o secretário não viajou com o objetivo de trazer o traficante para o Brasil, pois esta questão é de responsabilidade do Ministério das Relações Exteriores e da Polícia Federal. O pedido para extradição de Beira-Mar deverá ser feito nesta segunda-feira.

O secretário deseja ouvir os primeiros depoimentos do traficante, que vinha sendo caçado por autoridades colombianas desde fevereiro por causa da acusação de ser um dos principais fornecedores de munição e armas para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No sábado o exército da Colômbia armou uma operação que envolveu a ação de 300 soldados, helicópteros e aviões para capturar Beira-Mar. A operação foi considerada pelas autoridades do país como a maior já preparada para prender o traficantes brasileiro.

A Colômbia está interessada na prisão de Beira-Mar para conseguir comprovar o envolvimento da guerrilha esquerdista com o tráfico de drogas. Apesar de negar participação no tráfico, as Farc admitem que cobram taxas de traficantes que operam em suas áreas para poder financiar a luta contra o governo que já dura 37 anos e matou na última década mais de 10 mil pessoas, a maioria civis.

A notícia da prisão de Fernandinho Beira-Mar foi dada ao presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo presidente da Colômbia, Andrés Pastrana em Québec, no Canadá, onde participaram da 3a. Cúpula das Américas. Segundo as informações de Pastrana, o traficante, que foi preso nas selvas colombianas, estava debilitado, com três dedos amputados e um braço engessado, informou a Agência Brasil.
 

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