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24/04/2001
-
22h58
da Folha Online
A Comissão de Combate à Violência reuniu-se nesta terça-feira para ouvir o depoimento do presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, Nilson de Oliveira.
Durante a audiência, ele descreveu como funciona o crime organizado dentro das penitenciárias e afirmou que, quando um diretor não ouve as denúncias dos agentes carcerários sobre a construção de túneis para fuga, a direção pode estar envolvida com as organizações.
Disse ainda que o crime organizado possui vários grupos de trabalho que organizam sequestros, assaltos a agências bancárias, tráfico de drogas e compra de armas. A conivência dos diretores de presídios, segundo Nilson de Oliveira, chega ao ponto de os presos escolherem quais agentes penitenciários vão trabalhar em suas alas.
De acordo com o sindicalista, enquanto houver envolvimento do Ministério Público, do Judiciário, de agentes do sistema carcerário e da Polícia Militar, será impossível acabar com as organizações criminosas nos presídios do Brasil.
O deputado Orlando Fantazzini (PT-SP), que presidiu a audiência, ressalta que as denúncias feitas por Nilson de Oliveira mostram a gravidade da situação existente no sistema carcerário. "São gravíssimas. Antes, achava-se que o PCC atuava apenas dentro dos presídios, que reivindicava melhorias para os próprios presidiários. Mas quando isso extrapola os muros das casas de detenção, e vê-se que os envolvidos estão nos setores do Executivo, é motivo de grande preocupação, porque o cidadão já não encontra segurança naqueles que deveriam proteger o País".
A Comissão marcou para os dias 17 e 18 de maio uma visita aos Presídios Rogers e Sílvio Porto na cidade de Mangabeira, ao Presídio Serrotão, na cidade de Campina Grande, ambas na Paraíba.
As informações são da Agência Câmara.
Sindicalista diz que governo tem participação no crime organizado
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A Comissão de Combate à Violência reuniu-se nesta terça-feira para ouvir o depoimento do presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, Nilson de Oliveira.
Durante a audiência, ele descreveu como funciona o crime organizado dentro das penitenciárias e afirmou que, quando um diretor não ouve as denúncias dos agentes carcerários sobre a construção de túneis para fuga, a direção pode estar envolvida com as organizações.
Disse ainda que o crime organizado possui vários grupos de trabalho que organizam sequestros, assaltos a agências bancárias, tráfico de drogas e compra de armas. A conivência dos diretores de presídios, segundo Nilson de Oliveira, chega ao ponto de os presos escolherem quais agentes penitenciários vão trabalhar em suas alas.
De acordo com o sindicalista, enquanto houver envolvimento do Ministério Público, do Judiciário, de agentes do sistema carcerário e da Polícia Militar, será impossível acabar com as organizações criminosas nos presídios do Brasil.
O deputado Orlando Fantazzini (PT-SP), que presidiu a audiência, ressalta que as denúncias feitas por Nilson de Oliveira mostram a gravidade da situação existente no sistema carcerário. "São gravíssimas. Antes, achava-se que o PCC atuava apenas dentro dos presídios, que reivindicava melhorias para os próprios presidiários. Mas quando isso extrapola os muros das casas de detenção, e vê-se que os envolvidos estão nos setores do Executivo, é motivo de grande preocupação, porque o cidadão já não encontra segurança naqueles que deveriam proteger o País".
A Comissão marcou para os dias 17 e 18 de maio uma visita aos Presídios Rogers e Sílvio Porto na cidade de Mangabeira, ao Presídio Serrotão, na cidade de Campina Grande, ambas na Paraíba.
As informações são da Agência Câmara.
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