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26/04/2001 - 18h19

Garotinho diz que lista de denúncias de Beira-Mar é criação da imprensa

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da Folha de S.Paulo

Menos de 48 horas depois de afirmar que os nomes citados pelo traficante Fernandinho Beira-Mar na Colômbia incluíam até deputados, o governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), disse que a suposta lista com políticos, empresários e policiais acusados de envolvimento com o narcotráfico é uma "criação" dos jornalistas.

"Lista é uma criação de vocês", disse Garotinho. Segundo ele, o que o secretário de Segurança Pública do Estado, Josias Quintal, elaborou é um relato do que foi dito em seus dois encontros com Beira-Mar em Bogotá, no início da semana.

Dos encontros em Bogotá participaram também o major Rogério Seabra, chefe de gabinete de Quintal, o delegado Fernando Moraes, da DAS (Delegacia Anti-Sequestro) e um promotor público colombiano.

O relato, que segundo a assessoria da Secretaria de Segurança tem três páginas, seria entregue ontem ao Ministério Público Estadual.

Questionado sobre o conteúdo do relatório, o governador voltou a afirmar que Beira-Mar "citou nomes, fatos e situações muito problemáticas".
"Estão querendo transferir para o secretário, Josias Quintal, a responsabilidade das declarações que Fernandinho Beira-Mar disse que não fez, mas ele (Beira-Mar) fez", disse.

Para o governador, as supostas revelações do traficante são motivo suficiente para que ele fique preso no Rio, e não em Minas Gerais. "O secretário de Segurança de Minas disse que tem poucas informações sobre Fernandinho. O bom senso manda que ele seja transferido para o Rio", disse, acrescentando que Beira-Mar fugiu de uma penitenciária mineira, em 1997, "pela porta da frente".

Garotinho adiantou que, no Rio, Beira-Mar ficaria preso em uma cela isolada, no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no centro da cidade.
O governador disse que o Estado não gastou mais de R$ 70 mil na viagem a Bogotá da comitiva da Secretaria de Segurança, feita num avião fretado.

Os promotores do Ministério Público Estadual confirmaram que deve ser criada uma comissão para investigar as supostas revelações de Beira-Mar.
"No entanto, caso os nomes citados sejam de deputados ou policiais federais e empresários de fora do Estado, teremos que remeter o relatório à Procuradoria Geral da República", disse o coordenador da 3ª Central de Inquérito de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), Márcio Nobre.

O presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Sérgio Cabral Filho (PMDB), convocou Quintal a depor. "Ele vai e não tem nada a temer", disse Garotinho.

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