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26/04/2001 - 19h51

Beira-Mar ganha roupas, frutas e objetos de higiene

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da Folha de S.Paulo

Operado no final da noite de ontem, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 33, foi presenteado hoje à tarde com roupas novas, frutas e objetos de higiene pessoal.

A cirurgia ocorreu no HFA (Hospital das Forças Armadas), em Brasília. Os médicos colocaram em Beira-Mar um fixador externo no braço direito para a solidificação de fraturas no úmero (osso do braço) provocadas pelo tiro que o atingiu, há cerca de um mês, nas selvas da Colômbia, onde estava escondido.

Às 10h10 de ontem, o traficante foi levado de volta para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília deitado em uma maca e dentro de uma ambulância.

Assim que chegou à cela onde está preso, Beira-Mar recebeu a visita dos três advogados que o acompanham em Brasília. Além de discutir a situação jurídica do cliente, os advogados receberam dele uma tarefa bem menos complicada: comprar roupas, chinelo, comida, sabonete, escova de dentes e xampu.

Desde que foi preso na Colômbia, o traficante não trocava de roupa nem escovava os dentes.

Por enquanto, Beira-Mar continua isolado em uma cela. Os advogados disseram que, na próxima semana, ele deverá ter a companhia de um outro preso.

O delegado Getúlio Bezerra, chefe da DRE (Divisão de Prevenção e Repressão a Entorpecentes) da PF, disse que ainda não há uma data marcada para o depoimento de Beira-Mar.

O depoimento, segundo Bezerra, ocorrerá depois que o traficante receber alta médica. Ele deve permanecer sendo medicado com analgésicos e antibióticos nos próximos dias. Beira-Mar também está recebendo soro diretamente na veia. A data mais provável do depoimento é a próxima segunda-feira.

"Estamos esperando a definição médica. Ele [Beira-Mar] está seguro, protegido. A questão é médica. Não vou ouvi-lo agora", disse o delegado.
Nas conversas com os advogados, Beira-Mar foi orientado a recusar o convite que lhe será formulado pela CPI do Roubo de Cargas. Os deputados querem interrogá-lo sobre o assunto.

Na próxima semana, a comissão deve votar o requerimento do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) que pede a convocação do traficante. No caso de haver uma convocação, Beira-Mar será levado à CPI, mas não deverá responder a perguntas.

"É um direito constitucional dele permanecer calado. Ele não tem nada a declarar sobre o tema", afirmou o advogado Adalberto Lustosa.

Aos advogados, Beira-Mar demonstrou preocupação com a situação das irmãs Débora e Alessandra, presas no Rio. Acusadas de envolvimento com a quadrilha do irmão, elas foram condenadas pela juíza Therezinha Avelar, da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias (município na Baixada Fluminense, região na periferia do Rio). "Ele perguntou muito pelas irmãs", disse Lydio da Hora, há 12 anos advogado de Beira-Mar.
 

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