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Polícia de Goiás investiga morte de índio universitário por espancamento
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CAROLINA FARIAS
da Folha Online
A Polícia Civil de Goiânia investiga a morte do índio Ijehederi Karajá, 27, por espancamento. O rapaz pertencia a uma aldeia de índios carajás da ilha do Bananal, no Tocantins, e cursava educação física no Estado de São Paulo, onde aparentemente o crime ocorreu.
Karajá morreu na noite de quarta-feira em Goiânia, após permanecer por seis dias internado devido a ferimentos aparentemente causados por agressões. A polícia desconhece o autor e o lugar onde o crime ocorreu.
De acordo com a Delegacia de Homicídios, uma irmã e a mãe do universitário procuraram a polícia hoje para relatar a ocorrência. Segundo o depoimento, Karajá chegou a Goiânia no dia 21 e procurou a Casa do Índio --instituição de apoio a indígenas-- com ferimentos principalmente na cabeça.
Ele foi encaminhado ao Hospital de Urgência de Goiânia e no dia seguinte ao Hospital São Domingos, na mesma cidade. Ontem o rapaz teve alta e voltou para a Casa do Índio, no entanto, à noite, ele teve convulsões e voltou para o Hospital de Urgência, onde morreu.
De acordo com o delegado-adjunto de Homicídios, Kleyton Oliveira Alencar, em depoimento a irmã do universitário, acompanhada de uma funcionária da Casa do Índio, relatou que ele apanhou quando tentou defender um amigo, também índio, que estava sendo agredido por três homens brancos.
"Ela [a irmã] não sabe onde isso aconteceu, quem é esse amigo dele e nem mesmo onde ele estudava. Foi um depoimento muito vago. As duas [mãe e irmã] são muito humildes. Também tentei obter mais informações com a funcionária e nada", disse o delegado.
A mãe e a irmã de Karajá moram na aldeia. O rapaz já não morava mais com a família desde que se mudou para o Estado de São Paulo. Elas também não sabem qual cidade ele morava, afirmou o delegado.
"É um caso difícil. Não há o local exato do crime", disse Alencar.
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