Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/06/2001 - 20h59

Metroviários decidem em assembléia continuar greve

Publicidade

GUTO GONÇALVES
da Folha Online

Os metroviários de São Paulo decidiram manter a greve em assembléia nesta segunda-feira, à noite. A categoria não vai acatar a determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de retorno ao trabalho até as 22h. O sindicato da categoria pode arcar com multa diária de R$ 100 mil.

O Tribunal julgou, à tarde, a paralisação abusiva (por 11 votos a 0), determinou o retorno ao trabalho até as 22h e fixou multa diária (10 votos a 1) de R$ 100 mil caso a medida não seja respeitada. Se os metroviários voltarem ao trabalho, a penalidade será suspensa.

"Vamos recorrer da multa para não pagarmos nada. Não dá para voltar para casa sem obter o reajuste que pedimos', disse Onofre Gonçalves de Jesus, presidente do sindicato.

Os trabalhadores iniciaram a greve à 0h desta segunda-feira. Dois anos sem receber aumento, metroviários reivindicam 7,74% de reajuste salarial, 4,14% de produtividade e 7,86% de reposição da inflação referente ao período entre 1999 e 2000.

No início do mês, o TRT determinou 7% de reajuste salarial. O Metrô ofereceu inicialmente 5,5% de reajuste, e, depois, 6% e manutenção dos benefícios.

Ameaça pelo rádio

A direção do Metrô está convocando os metroviários para voltarem imediatamente ao trabalho. A direção da companhia ameaça adotar "todas as medidas legais cabíveis caso a paralisação continue" e a decisão do TRT seja desrespeitada.

O chamado começou a ser feito no final da tarde em meios de comunicação. O Metrô não divulgou quanto gastou com a propaganda.

Leia a íntegra do comunicado feito pela direção do Metrô à população e aos empregados:

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) convoca todos os seus empregados a retornarem imediatamente ao serviço, em seus respectivos turnos.
O não retorno ao trabalho desrespeita a decisão unânime do Tribunal Regional do Trabalho TRT que julgou abusiva a greve ocorrida em 25 de junho de 2001.

O Metrô, empresa vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo, informa, ainda, que não hesitará em tomar todas as medidas legais cabíveis caso a paralisação continue.

Lentidão

A greve dos 7.330 metroviários e a suspensão do rodízio de veículos complicou o trânsito em São Paulo. No período das 9h houve o maior congestionamento dos últimos dois meses, com 129 km, não superando, no entanto, o recorde da manhã, de 136 km no início do ano.

Na medição das 19h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 146 km de congestionamento. O índice é considerado alto para o horário.

Os ônibus circularam lotados hoje, com atrasos de até 45 minutos. Enquanto durar a paralisação, devem circular 10.300 ônibus. As 127 linhas que atendem ao sistema de integração com o Metrô foram prolongadas até o centro da cidade.

O Metrô transporta cerca de 2,5 milhões de passageiros por dia.


Leia mais sobre a greve do Metrô de SP

Leia mais:



  • Ônibus com ponto final em metrô segue até o centro devido a greve


  • Após bater recorde dos últimos 2 meses, congestionamento cai em SP


  • SP tem recorde de congestionamento dos últimos dois meses


  • Radial Leste (SP) apresenta congestionamento em toda extensão


  • Greve no metrô atrapalha trânsito; são 92 km de congestionamento


  • Greve por tempo indeterminado dos metroviários prejudica 2,5 mi


  • Sindicato diz que metrô de SP pára e atinge 2,5 milhões


  • Rodízio de veículos é liberado com paralisação dos metroviários


  • Greve dos metroviários prejudica trânsito em SP

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página