Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/06/2001 - 22h31

Em greve, funcionários querem apresentar contraproposta ao Metrô

Publicidade

LÍVIA MARRA
da Folha Online

Os metroviários de São Paulo, em greve, querem apresentar uma contraproposta ao Metrô. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Onofre Gonçalves de Jesus, a contraproposta foi "decidida e aprovada" em assembléia realizada na noite desta segunda-feira. A paralisação dos metroviários começou à 0h desta segunda, prejudicando cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Pela contraproposta, os metroviários pedem 7% de reajuste salarial, manutenção do acordo coletivo em vigor e pagamento pelo Metrô de 1% no plano de saúde [os funcionários pagam 2%]. A categoria propõe baixar de 100% para 70% o pagamento das horas-extras, mas mantém os 50% para o adicional noturno, e concorda em manter o anuênio apenas para funcionários contratados até o dia 30 de abril.

"Estamos fazendo de tudo para que o Metrô volte a circular nas primeiras horas desta terça-feira. Ainda não chegamos a um acordo, mas se acharmos a saída, a greve pode acabar", afirmou Onofre.

No entanto, a direção do Metrô diz que só volta a falar com os metroviários se a paralisação for suspensa. Segundo a assessoria, a direção do Metrô concorda em receber os metroviários às 14h desta terça-feira, se a greve tiver acabado.

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) julgou a greve abusiva e determinou retorno ao trabalho dos metroviários até as 22h desta segunda, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

"Vamos recorrer da multa. Não temos dinheiro para pagar", disse o presidente do sindicato.

Dois anos sem receber aumento, os metroviários reivindicavam 7,74% de reajuste salarial, 4,14% de produtividade e 7,86% de reposição da inflação referente ao período entre 1999 e 2000. No início do mês, o TRT determinou 7% de reajuste salarial. O Metrô ofereceu inicialmente 5,5% de reajuste, e, depois, 6% e manutenção dos benefícios.

No começo da tarde, a Companhia do Metropolitano começou a convocar os funcionários para voltarem imediatamente ao trabalho. A direção da companhia ameaça adotar "todas as medidas legais cabíveis caso a paralisação continue" e a decisão do TRT seja desrespeitada.

Conforme a assessoria de imprensa do Metrô, demissões e advertências podem estar entre as "medidas legais" adotadas, mas nada foi definido ainda.

"Se o Metrô demitir, os trens não rodam até que o funcionário seja readmitido", afirmou o vice-presidente do sindicato dos metroviários, Flávio Godoi.

Leia mais sobre a greve do Metrô de SP

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página