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03/08/2007 - 14h08

Metrô corrige número e 2,4 milhões não são atendidos pelo sistema

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CLAYTON FREITAS
da Folha Online

Diferentemente do que que havia sido divulgado pelo próprio Metrô, o número de pessoas não atendidas pelo sistema foi de 2,4 milhões (80% da média diária) na quinta-feira (2) e não 1,2 milhão conforme havia sido anunciado. Foram atendidas cerca de 600 mil pessoas (um terço dos 1,8 milhão divulgados inicialmente). O número se repete nesta sexta-feira.

A cidade de São Paulo vive uma situação de caos no transporte no segundo dia de greve dos metroviários. Na zona leste a situação é ainda pior pois, além de não haver metrô, parte dos ônibus e trólebus também está parada. Ontem, no centro, chegou a haver tumulto na estação da Luz.

Hoje à tarde, magistrados da Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região julgam se a greve dos metroviários é abusiva e se o Sindicato dos Metroviários deve ser multado em R$ 100 mil por dia pelos transtornos causados.

A confusão dos números começou na quinta-feira. O diretor de assuntos corporativos da empresa, Sérgio Avelleda, havia afirmado que o esquema especial montado em plena greve de metroviários para manter em funcionamento a linha 1-azul (Jabaquara-Tucuruvi) e parte da linha 2-verde (Vila Madalena-Imigrantes) do Metrô atenderia a 60% dos passageiros afirmando que o número se referia ao total do sistema (perto de 3 milhões ao dia).

Ocorre que hoje o diretor operacional da companhia, Conrado Grava de Souza, responsável pelo setor que contabiliza esses acessos, afirmou que os 60% se referem ao trecho em operação e mantido em sistema de emergência; ou seja, a linha 1-azul e parte das 2-verde.

Ele afirmou ainda que cerca de 600 mil pessoas (aproximadamente 20% do total, se considerados os 3 milhões) foram atendidas das 6h às 22h --horário em que as linhas azul e parte da verde estiveram em operação. Ele, entretanto, rechaça a estatística. ""É correto dizer que 100% da linha 3 [vermelha] e 100% da linha 5 [lilás] e parte da linha verde não operaram, mas foi 60% do total da oferta", afirma.

A oferta, segundo avalia o Metrô, é a frota em circulação nas linhas azul e verde em seu esquema emergencial. Dados fornecidos pelo próprio Metrô e sustentados durante audiência ocorrida ontem no Tribunal Regional do Trabalho dão conta que 60% do potencial operacional da linha azul esteve na ativa e outros 30% na verde. Ocorre que, sozinha, a linha 3-vermelha (Itaquera-Barra Funda) atende a cerca de 1,1 milhão de passageiros por dia, mais de um terço da demanda.

Ou seja, 1,8 milhão de passageiros --conforme anunciado inicialmente-- é uma cifra impossível de ser transportada no sistema mantido em esquema emergencial. Além de significar o dobro do transportado em dias normais nestes mesmos trechos, a frota mantida em operação na linha azul e verde estão reduzidas, respectivamente, em 60% e 30%.

Souza afirmou ainda que a demanda no trecho mantido em operação deverá se elevar em até 15% nesta sexta-feira, atendendo algo em torno de 700 mil usuários do sistema.

Esquema

O diretor operacional afirmou ainda que em caso de manutenção da greve haverá redução proporcional do número de trens em operação no sábado (4) e domingo (5). Na segunda, em caso de persistência da paralisação, o esquema montado ontem e hoje voltará a funcionar.

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