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09/07/2001
-
03h34
MARIA TERESA MORAES
da Folha Vale
As mulheres de cerca de 380 policiais militares que moram em um conjunto habitacional da Polícia Militar no bairro São Judas Tadeu, em São José dos Campos (91 km de SP), lançaram no fim de semana uma carta aberta à população em que pedem reajuste salarial para os maridos, criticam o governo do Estado e falam em "derramar sangue" para ver as reivindicações atendidas.
Na carta, que é encerrada com a frase "que Deus esteja com todos nós", as mulheres também afirmam que haverá um ato de protesto na próxima quarta-feira no conjunto habitacional da PM.
Elas ameaçam interditar a rodovia dos Tamoios (SP-99), que dá acesso ao litoral norte. Os policiais militares esperam reunir em torno de 600 pessoas no ato.
Cerca de 30 mil policiais militares dos Estados da Bahia e de Pernambuco já estão em greve desde a semana passada.
Em São Paulo, a possibilidade de greve foi descartada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita a São José dos Campos anteontem.
Na sexta-feira, Alckmin anunciou um reajuste aos policiais militares que varia de 6% a 10% do salário-base, dependendo da função exercida pelo policial.
Os policiais civis e militares de São Paulo, no entanto, pedem aumento de 41% para todas as funções. "Um soldado em início de carreira ganha R$ 750 líquidos para sustentar uma família. O aumento dado é ridículo", afirmou um PM que não quis se identificar por temer represálias.
"Se for preciso derramar sangue, vamos. É melhor assim do que ser sugado aos poucos pelo baixo salário pago hoje pelo governo", diz trecho da carta.
Além de pedir reajuste salarial, as mulheres dos policiais militares de São José dos Campos reclamam do convênio para assistência médica oferecido pela PM, com a Cruz Azul, que não teria cobertura no interior do Estado.
"O governo desconta a contribuição para a Cruz Azul, mas não temos atendimento aqui [em São José". Só em São Paulo", disse o PM que falou à Folha.
A Folha não conseguiu localizar ontem o comandante do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior) de São José dos Campos, coronel Sebastião de Souza Pinto, para comentar o documento.
Leia especial sobre crise na polícia no Brasil
Ato pró-PMs ameaça "derramar sangue" em São José dos Campos
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da Folha Vale
As mulheres de cerca de 380 policiais militares que moram em um conjunto habitacional da Polícia Militar no bairro São Judas Tadeu, em São José dos Campos (91 km de SP), lançaram no fim de semana uma carta aberta à população em que pedem reajuste salarial para os maridos, criticam o governo do Estado e falam em "derramar sangue" para ver as reivindicações atendidas.
Na carta, que é encerrada com a frase "que Deus esteja com todos nós", as mulheres também afirmam que haverá um ato de protesto na próxima quarta-feira no conjunto habitacional da PM.
Elas ameaçam interditar a rodovia dos Tamoios (SP-99), que dá acesso ao litoral norte. Os policiais militares esperam reunir em torno de 600 pessoas no ato.
Cerca de 30 mil policiais militares dos Estados da Bahia e de Pernambuco já estão em greve desde a semana passada.
Em São Paulo, a possibilidade de greve foi descartada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita a São José dos Campos anteontem.
Na sexta-feira, Alckmin anunciou um reajuste aos policiais militares que varia de 6% a 10% do salário-base, dependendo da função exercida pelo policial.
Os policiais civis e militares de São Paulo, no entanto, pedem aumento de 41% para todas as funções. "Um soldado em início de carreira ganha R$ 750 líquidos para sustentar uma família. O aumento dado é ridículo", afirmou um PM que não quis se identificar por temer represálias.
"Se for preciso derramar sangue, vamos. É melhor assim do que ser sugado aos poucos pelo baixo salário pago hoje pelo governo", diz trecho da carta.
Além de pedir reajuste salarial, as mulheres dos policiais militares de São José dos Campos reclamam do convênio para assistência médica oferecido pela PM, com a Cruz Azul, que não teria cobertura no interior do Estado.
"O governo desconta a contribuição para a Cruz Azul, mas não temos atendimento aqui [em São José". Só em São Paulo", disse o PM que falou à Folha.
A Folha não conseguiu localizar ontem o comandante do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior) de São José dos Campos, coronel Sebastião de Souza Pinto, para comentar o documento.
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