Publicidade
Publicidade
17/07/2001
-
18h55
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha
Os policiais militares de Alagoas recusaram no final da tarde de hoje a proposta de reajuste salarial do governo do Estado e decidiram, em assembléia, pelo aquartelamento das tropas. Na prática, a categoria está em greve não-declarada.
No início da noite, os cerca de 500 policiais que participaram da assembléia saíram em carreata até o quartel-general, sede da corporação. No local, pretendiam fazer um "arrastão" para atrair os PMs que ainda trabalhavam.
A Polícia Civil também recusou a proposta de aumento feita pelo governo do Estado e decidiu pela paralisação. As duas categorias realizam hoje uma assembléia conjunta, às 10h, para definir os rumos do movimento.
Os policiais civis e militares de Alagoas reivindicam piso salarial unificado de R$ 1.200. Hoje, o menor salário na PM é de cerca de R$ 380 e na Civil, de R$ 600.
O governo de Alagoas propôs reajuste de 20% para os cabos e soldados, de 10% para os sargentos e subtenentes, e de 5% para os oficiais. Os percentuais incidiriam sobre a remuneração média de cada patente.
No caso dos cabos e soldados, o reajuste seria, em média, de R$ 100. Para os sargentos e subtenentes, o valor cairia para aproximadamente R$ 70. Por terem remunerações muito distintas, não foram divulgadas as médias dos aumentos para os oficiais.
Na Polícia Civil, o governo anunciou a criação de uma nova política salarial, com a extinção do quinquênio de 5%, a incorporação das gratificações aos vencimentos _o que impediria eventuais tentativas de retirada dos benefícios_, mais um aumento de 10,68%.
Além disso, o governo autorizou a implantação de um plano de carreira que prevê a possibilidade de progressão funcional a cada cinco anos, com reajuste salarial automático de 20% para os que cumprissem os níveis de capacitação.
Os reajustes, no entanto, seriam concedidos em quatro parcelas mensais. O governo não definiu quando os aumentos começariam a ser aplicados.
Segundo o secretário estadual da Administração, Valter Oliveira, o maior problema está na indefinição sobre o impacto do racionamento de energia nas finanças do Estado.
Essa informação, afirmou, só estará disponível entre agosto e setembro. A idéia do governo é tentar evitar que os reajustes sejam aplicados antes da conclusão dos estudos e projeções.
Na folha de pagamentos, o governo já sabe que o impacto seria de R$ 1,4 milhão, valor considerado "suportável", no caso de não haver queda de arrecadação em razão da crise _o que Oliveira considera impossível.
O governo de Alagoas gasta cerca de 50% de sua receita mensal, estimada hoje em cerca de R$ 100 milhões, com funcionalismo.
PMs de Alagoas não aceitam reajuste oferecido e entram em greve
Publicidade
da Agência Folha
Os policiais militares de Alagoas recusaram no final da tarde de hoje a proposta de reajuste salarial do governo do Estado e decidiram, em assembléia, pelo aquartelamento das tropas. Na prática, a categoria está em greve não-declarada.
No início da noite, os cerca de 500 policiais que participaram da assembléia saíram em carreata até o quartel-general, sede da corporação. No local, pretendiam fazer um "arrastão" para atrair os PMs que ainda trabalhavam.
A Polícia Civil também recusou a proposta de aumento feita pelo governo do Estado e decidiu pela paralisação. As duas categorias realizam hoje uma assembléia conjunta, às 10h, para definir os rumos do movimento.
Os policiais civis e militares de Alagoas reivindicam piso salarial unificado de R$ 1.200. Hoje, o menor salário na PM é de cerca de R$ 380 e na Civil, de R$ 600.
O governo de Alagoas propôs reajuste de 20% para os cabos e soldados, de 10% para os sargentos e subtenentes, e de 5% para os oficiais. Os percentuais incidiriam sobre a remuneração média de cada patente.
No caso dos cabos e soldados, o reajuste seria, em média, de R$ 100. Para os sargentos e subtenentes, o valor cairia para aproximadamente R$ 70. Por terem remunerações muito distintas, não foram divulgadas as médias dos aumentos para os oficiais.
Na Polícia Civil, o governo anunciou a criação de uma nova política salarial, com a extinção do quinquênio de 5%, a incorporação das gratificações aos vencimentos _o que impediria eventuais tentativas de retirada dos benefícios_, mais um aumento de 10,68%.
Além disso, o governo autorizou a implantação de um plano de carreira que prevê a possibilidade de progressão funcional a cada cinco anos, com reajuste salarial automático de 20% para os que cumprissem os níveis de capacitação.
Os reajustes, no entanto, seriam concedidos em quatro parcelas mensais. O governo não definiu quando os aumentos começariam a ser aplicados.
Segundo o secretário estadual da Administração, Valter Oliveira, o maior problema está na indefinição sobre o impacto do racionamento de energia nas finanças do Estado.
Essa informação, afirmou, só estará disponível entre agosto e setembro. A idéia do governo é tentar evitar que os reajustes sejam aplicados antes da conclusão dos estudos e projeções.
Na folha de pagamentos, o governo já sabe que o impacto seria de R$ 1,4 milhão, valor considerado "suportável", no caso de não haver queda de arrecadação em razão da crise _o que Oliveira considera impossível.
O governo de Alagoas gasta cerca de 50% de sua receita mensal, estimada hoje em cerca de R$ 100 milhões, com funcionalismo.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice