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18/07/2001
-
19h09
GUTO GONÇALVES
da Folha Online
Agência Folha
A assessoria de Fernando Henrique Cardoso informou à Folha Online nesta quarta-feira que o presidente ainda aguarda um pedido formal do governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PSB) para que tropas do Exército sejam enviadas para o Estado. Lessa e FHC tiveram apenas uma conversa informal pelo telefone no final da tarde sobre o assunto, quando o governador alertou o presidente sobre o que acontecia no Estado hoje.
Lessa teria recusado ontem, em conversa com Alberto Cardoso, chefe da Casa Militar, a oferta de enviou de tropas ao Estado de Alagoas. Segundo o governador, a população ficou traumatizada com o Exército nas ruas em 97, quando ocorreu a renúncia do governador Divaldo Suruagy.
No primeiro dia da greve de policiais militares e civis houve momentos de caos e violência nas ruas de Alagoas. Parte dos PMs grevistas está aquartelada; outra parte ocupa pontos estratégicos de Maceió. O clima é de tensão. Os amotinados ocuparam hoje o Corpo de Bombeiros, onde chegaram dando tiros para o alto. Na madrugada, lojas e bancos foram alvejados por tiros. Estão parados, segundo entidades representativas da categoria, cerca de 8.000 PMs e 1.400 policiais civis. Isso representa quase todo o efetivo das corporações.
As primeiras informações apontam que o centro de Maceió sofre bloqueio de algumas ruas, feito por PMs. O comando da greve anunciou que 30% da tropa sairia em policiamento nas ruas, mas este número não foi confirmado até o momento. Uma nova reunião do comando de greve deve ocorrer à noite.
Depois que três agências foram atingidas por tiros, representantes de bancos se reuniram em Maceió. Eles ameaçam fechar todas as agências, como ocorreu durante a greve policial na Bahia.
O governador alagoano Ronaldo Lessa (PSB) enfrenta hostilidades da PM em Mato Grande, interior do Estado. A princípio Lessa ficaria três dias na cidade por conta do 'governo itinerante'. O governador convocou a tropa do 3º Batalhão de Arapiraca para ajudar sua comitiva.
No entanto, há informações de que a tropa se negou a prestar continência e a ficar na cidade. Pela manhã, oficiais da PM aderiram à paralisação. Eles querem negociar pessoalmente com Lessa (PSB).
'A paralisação vai continuar até que o governo decida dar os reajustes que pedimos, ou que o governador, decida negociar pessoalmente', disse o presidente do Sindicato da Polícia Civil de Alagoas, José Carlos Fernandes.
Os grevistas reivindicam piso salarial de R$ 1.200. Hoje, o menor salário na Polícia Militar é de 380 e na Polícia Civil, de R$ 600. Já os oficiais querem aumento de 50%.
As categorias rejeitaram proposta oferecida ontem pelo governo: reajuste de 20% para cabos e soldados, 10% para sargentos e subtenentes e 5% para oficiais. Para a Polícia Civil, o governo anunciou a criação de uma nova política salarial, com a extinção do quinquênio de 5%, a incorporação das gratificações aos vencimentos e aumento de 10,68%.
FHC aguarda "pedido oficial" de Lessa para enviar Exército a Alagoas
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da Folha Online
Agência Folha
A assessoria de Fernando Henrique Cardoso informou à Folha Online nesta quarta-feira que o presidente ainda aguarda um pedido formal do governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PSB) para que tropas do Exército sejam enviadas para o Estado. Lessa e FHC tiveram apenas uma conversa informal pelo telefone no final da tarde sobre o assunto, quando o governador alertou o presidente sobre o que acontecia no Estado hoje.
Lessa teria recusado ontem, em conversa com Alberto Cardoso, chefe da Casa Militar, a oferta de enviou de tropas ao Estado de Alagoas. Segundo o governador, a população ficou traumatizada com o Exército nas ruas em 97, quando ocorreu a renúncia do governador Divaldo Suruagy.
No primeiro dia da greve de policiais militares e civis houve momentos de caos e violência nas ruas de Alagoas. Parte dos PMs grevistas está aquartelada; outra parte ocupa pontos estratégicos de Maceió. O clima é de tensão. Os amotinados ocuparam hoje o Corpo de Bombeiros, onde chegaram dando tiros para o alto. Na madrugada, lojas e bancos foram alvejados por tiros. Estão parados, segundo entidades representativas da categoria, cerca de 8.000 PMs e 1.400 policiais civis. Isso representa quase todo o efetivo das corporações.
As primeiras informações apontam que o centro de Maceió sofre bloqueio de algumas ruas, feito por PMs. O comando da greve anunciou que 30% da tropa sairia em policiamento nas ruas, mas este número não foi confirmado até o momento. Uma nova reunião do comando de greve deve ocorrer à noite.
Depois que três agências foram atingidas por tiros, representantes de bancos se reuniram em Maceió. Eles ameaçam fechar todas as agências, como ocorreu durante a greve policial na Bahia.
O governador alagoano Ronaldo Lessa (PSB) enfrenta hostilidades da PM em Mato Grande, interior do Estado. A princípio Lessa ficaria três dias na cidade por conta do 'governo itinerante'. O governador convocou a tropa do 3º Batalhão de Arapiraca para ajudar sua comitiva.
No entanto, há informações de que a tropa se negou a prestar continência e a ficar na cidade. Pela manhã, oficiais da PM aderiram à paralisação. Eles querem negociar pessoalmente com Lessa (PSB).
'A paralisação vai continuar até que o governo decida dar os reajustes que pedimos, ou que o governador, decida negociar pessoalmente', disse o presidente do Sindicato da Polícia Civil de Alagoas, José Carlos Fernandes.
Os grevistas reivindicam piso salarial de R$ 1.200. Hoje, o menor salário na Polícia Militar é de 380 e na Polícia Civil, de R$ 600. Já os oficiais querem aumento de 50%.
As categorias rejeitaram proposta oferecida ontem pelo governo: reajuste de 20% para cabos e soldados, 10% para sargentos e subtenentes e 5% para oficiais. Para a Polícia Civil, o governo anunciou a criação de uma nova política salarial, com a extinção do quinquênio de 5%, a incorporação das gratificações aos vencimentos e aumento de 10,68%.
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