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19/07/2001
-
18h19
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha
Um dos líderes da greve que deixou a Bahia 13 dias sem policiais militares e civis nas ruas, o tenente Everton Uzeda, 28, foi exonerado da função de ouvidor do Batalhão de Guarda. "Recebi a notícia quando me apresentei hoje para trabalhar. Não quero acreditar em retaliação e acho que tudo não passou de um equívoco", disse o tenente.
De acordo com Uzeda, o comando do batalhão informou que ele deverá voltar à antiga função no início da próxima semana. "Eu não fui líder da greve dos policiais. A fome da corporação é que forçou a paralisação", acrescentou.
Acumulando o cargo de ouvidor, Uzeda recebe R$ 1.095 por mês. "Se eu for exonerado, vou perder pelo menos R$ 300 por mês", disse o tenente, que trancou a matrícula do curso de direito que fazia em Aracaju "por falta de condições de pagar as mensalidades".
Hoje tropas do Exército continuavam patrulhando o centro da capital baiana. De acordo com a 6ª Região Militar, os soldados do Exército ainda devem continuar em Salvador até o próximo domingo.
Ao contrário dos últimos dias, as escolas, bancos e comércio funcionaram normalmente ontem. "Com os policiais de volta às ruas, a tranquilidade é total", disse o comerciante José Onofre Cardoso dos Santos, 27.
Os policiais civis e militares terão reajuste salarial escalonado de 21% e mais R$ 80 por mês de auxílio-alimentação (apenas para os militares que trabalham na capital). O sargento Isidório Santana, outro líder do movimento baiano, disse ontem que as duas categorias ainda aguardam a concessão de mais 33% sobre as gratificações.
"O governo tem até dezembro para nos dar uma resposta. Caso contrário, podemos parar novamente no final do ano e no Carnaval."
Um dos líderes da greve dos policiais na Bahia é exonerado de cargo
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da Agência Folha
Um dos líderes da greve que deixou a Bahia 13 dias sem policiais militares e civis nas ruas, o tenente Everton Uzeda, 28, foi exonerado da função de ouvidor do Batalhão de Guarda. "Recebi a notícia quando me apresentei hoje para trabalhar. Não quero acreditar em retaliação e acho que tudo não passou de um equívoco", disse o tenente.
De acordo com Uzeda, o comando do batalhão informou que ele deverá voltar à antiga função no início da próxima semana. "Eu não fui líder da greve dos policiais. A fome da corporação é que forçou a paralisação", acrescentou.
Acumulando o cargo de ouvidor, Uzeda recebe R$ 1.095 por mês. "Se eu for exonerado, vou perder pelo menos R$ 300 por mês", disse o tenente, que trancou a matrícula do curso de direito que fazia em Aracaju "por falta de condições de pagar as mensalidades".
Hoje tropas do Exército continuavam patrulhando o centro da capital baiana. De acordo com a 6ª Região Militar, os soldados do Exército ainda devem continuar em Salvador até o próximo domingo.
Ao contrário dos últimos dias, as escolas, bancos e comércio funcionaram normalmente ontem. "Com os policiais de volta às ruas, a tranquilidade é total", disse o comerciante José Onofre Cardoso dos Santos, 27.
Os policiais civis e militares terão reajuste salarial escalonado de 21% e mais R$ 80 por mês de auxílio-alimentação (apenas para os militares que trabalham na capital). O sargento Isidório Santana, outro líder do movimento baiano, disse ontem que as duas categorias ainda aguardam a concessão de mais 33% sobre as gratificações.
"O governo tem até dezembro para nos dar uma resposta. Caso contrário, podemos parar novamente no final do ano e no Carnaval."
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