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08/08/2001 - 05h47

Policiais civis protestam em Recife

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da Agência Folha

Cerca de 500 policiais civis de Pernambuco, em greve por melhores salários há 37 dias, participaram ontem de uma passeata no centro de Recife. Foi o primeiro protesto da categoria após o governo anunciar punições aos que não retornassem ao trabalho.

Vestindo camisas brancas e carregando balões da mesma cor, os grevistas caminharam cerca de dois quilômetros sob chuva, da sede da Polícia Civil até o marco zero da capital pernambucana.

Durante o percurso, o grupo parou a cerca de cem metros do palácio do governo. A rua foi interditada pelos manifestantes, e o clima ficou tenso. Os líderes do movimento discursaram e, em seguida, pediram para que todos soltassem os balões.

Portando faixas e apitos, os policiais reivindicaram a reabertura das negociações, interrompidas em razão do impasse criado em torno do valor do aumento. Os grevistas pedem 28% de reajuste e o governo oferece 10%.

Com base na decisão judicial que considerou a greve ilegal, o governo solicitou ontem à Justiça autorização para a suspensão do desconto feito em folha de pagamento, da contribuição sindical paga pelos policiais civis.

Os R$ 99 mil que deixariam de ser recolhidos mensalmente serviriam para quitar parte da multa de R$ 20 mil por dia, também estabelecida pela Justiça em razão da manutenção da greve.

Os grevistas, entretanto, afirmam que não vão recuar e que não temem ameaças, mesmo sabendo da possibilidade de a Justiça até decretar prisões em virtude do descumprimento da ordem.

No Pará, a segunda reunião entre policiais civis em greve e governo estadual acabou sem acordo. O secretário da Segurança Pública do Pará, Paulo Sette Câmara, disse que não negocia enquanto existir a greve, que já dura 13 dias. No Rio Grande do Norte, a greve dos civis vai para o nono dia.

Hoje, em São Paulo, policiais militares e civis apresentam ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma contraproposta de reajuste salarial. As categorias querem 10% de aumento e o restante (31,04%) parcelado a critério do governo, a ser pago até abril de 2002. A reunião ocorre às 17h no Palácio dos Bandeirantes.

Alckmin ofereceu reajuste de 6% a 10% no início das negociações e disse que não poderia conceder o reajuste requerido pelas categorias (41,04%) em respeito ao limite de gastos previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

No último encontro, o governador afirmou que poderia melhorar a proposta, mas apenas a partir do ano que vem.


 

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