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20/12/2007 - 23h02

Prédio de quatro andares afunda em Jaboatão dos Guararapes (PE)

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RENATA BAPTISTA
da Agência Folha

Um bloco de um prédio residencial afundou cerca de 70 cm por volta das 6h desta quinta-feira em Jaboatão dos Guararapes (região metropolitana de Recife), causando pânico nos moradores, que tiveram de deixar o local às pressas.

A Defesa Civil do município determinou a retirada de todas as famílias do conjunto residencial Sevilha, no bairro Piedade, em razão dos riscos de desabamento. Ninguém ficou ferido.

O conjunto tem 14 anos e possui três andares, além do térreo, divididos em quatro blocos. No total, são 16 apartamentos. No bloco B do prédio, além do afundamento, a parede da entrada também desabou.

A diretora-geral da Defesa Civil do município, Rejane Lucena, diz que o bloco será demolido e que os moradores dos outros três blocos do conjunto e de cinco casas vizinhas só poderão retornar após a análise das edificações.

Segundo ela, há cerca de um ano um grupo de moradores contratou um serviço particular de engenharia para fazer vistoria na edificação, mas não sabe qual foi o resultado do laudo. Ainda de acordo com a diretora, os responsáveis pela construtora e pela seguradora do prédio não haviam sido localizados até a tarde de ontem.

"Estamos com dificuldade de ter acesso a estes documentos pois eles estão no interior do apartamento do síndico, e ninguém pode entrar lá por enquanto", afirma.

Lucena diz que a Defesa Civil municipal está atuando com outros órgãos e que não há como determinar a causa do afundamento. "Não trabalhamos com hipóteses, pois como trabalhamos com vidas pode ser precipitado e imprudente."

Moradores e curiosos ficaram em frente ao prédio nesta quinta-feira. No início da tarde, alguns moradores dos blocos A, C e E puderam entrar em seus apartamentos por 15 minutos para retirar alguns pertences.

Os apartamentos têm três dormitórios, com duas suítes. A maioria é financiada.

Histórico

Não é o primeiro caso de afundamento de prédio registrado no bairro de Piedade nos últimos anos.

O mais grave aconteceu em outubro de 2004, quando quatro pessoas morreram após o desabamento do edifício Areia Branca --um prédio residencial de 12 andares. A tragédia só não foi maior porque os moradores deixaram o local no dia anterior após ouvirem estalos.

Houve outros casos sem vítimas. O último ocorreu há apenas dois meses. Um centro comercial na avenida Bernardo Vieira de Melo, que estava em obras, desabou.

Em 1997, a estrutura do edifício Aquarela afundou, assim como aconteceu com o Sevilha. O prédio foi desocupado pelos moradores e, três anos depois, também desabou.
Em junho de 2001, quatro dos 16 apartamentos do edifício Ijuí desabaram e outros quatro ficaram comprometidos.

Para Lucena, há coincidência pelos fatos terem ocorrido no mesmo bairro. "Cada problema teve um motivo específico. Há uma série de condicionantes a serem avaliadas", afirma.

 

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