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31/08/2001 - 03h36

Silvio Santos evita andar com segurança

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DANIEL CASTRO
da Folha de S. Paulo

O empresário e apresentador Senor Abravanel, o Silvio Santos, 70, nunca gostou de andar com seguranças. Há quem duvide, mas é comum encontrá-lo saindo do salão de Jassa, o amigo cabeleireiro, caminhando sozinho pela calçada da rua Iguatemi, no Itaim Bibi, em São Paulo.

Ele dirige seus próprios carros (o preferido é um Lincoln Continental). Quando dirige acompanhado, quase sempre é de algum diretor de suas empresas.

Silvio, segundo pessoas próximas, sempre achou que sua fama seria sua melhor segurança. "Ninguém vai me sequestrar. Sou muito grande para esconderem. E minha risada é muito conhecida, qualquer um pode perceber", dizia o apresentador, em tom de brincadeira.

Silvio Santos é um homem discreto e familiar. Não gosta de badalações. Raramente vai a festas ou restaurantes. Vez ou outra vai ao teatro. Prefere investir parte de seu ganho anual, de cerca de US$ 30 milhões, em viagens, principalmente para a Flórida.

Há um mês, ele fez um programa diferente. Passou uma semana no hotel The Palace, que se intitula seis estrelas. Fica em Sun City, na África do Sul. Lá, Silvio Santos fez um safári.

Quando está no Brasil, sua rotina é quase sempre a mesma. Acorda cedo, por volta das 6h, e faz exercícios -cerca de uma hora de esteira e flexões. Ele não lê jornais. Diz ter alergia à tinta.

Nos dias em que grava seus programas, passa antes, por volta das 7h30, no salão de Jassa -onde arruma o penteado e, a cada 15 dias, tinge o cabelo com uma mistura de dois tons de loiro. Chega ao SBT às 10h e sai de lá no máximo às 19h. Às 20h, janta com a família em sua casa, no Morumbi. Nos dias em que não grava, costuma despachar em seu escritório, no Ibirapuera.

O empresário é de poucos amigos. Além de Jassa, o apresentador Gugu Liberato, Luís Sandoval (presidente do Grupo Silvio Santos) e Rick Medeiros (assessor, que serve de intérprete nas viagens para os Estados Unidos) são os mais próximos.

Há três anos, Silvio profissionalizou a diretoria do SBT. Tirou do comando o amigo Luciano Callegari e o sobrinho Guilherme Stoliar (que negociou com os sequestradores de Patrícia Abravanel), seus parceiros desde os anos 60. Mas, mesmo assim, o centralizador Silvio Santos continua dando a última palavra na programação da emissora. Ele costuma dizer que não interfere no conteúdo dos programas, desde que dêem audiência. Recentemente, tirou do ar a série "The West Wing". Achou muito "americanizada".

O apresentador costuma escrever bilhetes à mão. No SBT, é idolatrado pelos funcionários.

Silvio Santos é de origem judaica e costuma jejuar. Atualmente, vive um conflito com sua mulher, Iris, e com as filhas, que viraram evangélicas e tentam convertê-lo.

Título de eleitor
O empresário começou a trabalhar aos 14 anos, vendendo capas de títulos de eleitor nas ruas do centro do Rio, onde nasceu. Nos anos 60, começou a trabalhar na televisão.

Nunca foi empregado. Sempre comprou horários nas emissoras e vendeu anúncios -boa parte deles para suas próprias empresas. Em 1981, fundou sua rede de TV, o SBT, a segunda maior do país (faturou R$ 430,2 milhões em 2000).

Hoje, Silvio Santos comanda um conglomerado de 34 empresas, que faturaram no ano passado R$ 1,9 bilhão. As mais importantes do grupo são a Liderança (Tele Sena) e o SBT.

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