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31/08/2001
-
03h50
da Folha de S. Paulo, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu informações o tempo todo sobre o sequestro e acompanhou o seu andamento pela televisão, por algum tempo, no Palácio da Alvorada.
FHC elogiou a polícia paulista. "O presidente considera que a polícia de São Paulo agiu com eficiência e provou que está preparada para enfrentar sequestros como esse", disse o porta-voz da Presidência, Georges Lamazière.
Ele também disse que não cabia a FHC avaliar as decisões tomadas durante a operação.
Lamazière informou que FHC ligou para Alckmin, no começo da manhã, e recebeu um telefonema do governador ao fim do sequestro. FHC também telefonou para Silvio Santos, mas o empresário estava descansando.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Marco Aurélio de Mello, disse que ficou "horrorizado" com o caso, mas condenou propostas de aumento da pena para sequestradores. "Não se inibe a prática do crime com a exacerbação da pena."
O ministro Paulo Costa Leite, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), disse que o caso é um exemplo da falência do sistema de segurança pública do país.
"Estamos perdendo essa guerra [contra o crime" porque na criminalidade não há burocracia. Ela resolve as questões com um 38."
O ministro José Gregori (Justiça) cobrou dos congressistas a aprovação de projetos de combate à violência, especialmente o que proíbe a venda de armas no país.
A cobrança foi resposta às críticas que o plano de segurança do governo recebe de políticos.
O projeto de lei foi alterado na Câmara e no Senado, que destacaram a posição da indústria de armas. Só a autorização para andar armado ficou restrita. Para o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), a solução deve ser coletiva. "Precisamos de parceria [entre governo e políticos"."
O presidente em exercício da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Antonio Busato, divulgou nota comentando o sequestro: "O que nos chama a atenção, tanto no episódio envolvendo a família do empresário Silvio Santos como em outros, é a faixa etária dos sequestradores, todos muito jovens".
Leia mais notícias sobre Silvio Santos
FHC elogia atuação da polícia de SP
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O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu informações o tempo todo sobre o sequestro e acompanhou o seu andamento pela televisão, por algum tempo, no Palácio da Alvorada.
FHC elogiou a polícia paulista. "O presidente considera que a polícia de São Paulo agiu com eficiência e provou que está preparada para enfrentar sequestros como esse", disse o porta-voz da Presidência, Georges Lamazière.
Ele também disse que não cabia a FHC avaliar as decisões tomadas durante a operação.
Lamazière informou que FHC ligou para Alckmin, no começo da manhã, e recebeu um telefonema do governador ao fim do sequestro. FHC também telefonou para Silvio Santos, mas o empresário estava descansando.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Marco Aurélio de Mello, disse que ficou "horrorizado" com o caso, mas condenou propostas de aumento da pena para sequestradores. "Não se inibe a prática do crime com a exacerbação da pena."
O ministro Paulo Costa Leite, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), disse que o caso é um exemplo da falência do sistema de segurança pública do país.
"Estamos perdendo essa guerra [contra o crime" porque na criminalidade não há burocracia. Ela resolve as questões com um 38."
O ministro José Gregori (Justiça) cobrou dos congressistas a aprovação de projetos de combate à violência, especialmente o que proíbe a venda de armas no país.
A cobrança foi resposta às críticas que o plano de segurança do governo recebe de políticos.
O projeto de lei foi alterado na Câmara e no Senado, que destacaram a posição da indústria de armas. Só a autorização para andar armado ficou restrita. Para o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), a solução deve ser coletiva. "Precisamos de parceria [entre governo e políticos"."
O presidente em exercício da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Antonio Busato, divulgou nota comentando o sequestro: "O que nos chama a atenção, tanto no episódio envolvendo a família do empresário Silvio Santos como em outros, é a faixa etária dos sequestradores, todos muito jovens".
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