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01/09/2001
-
03h21
da Folha de S. Paulo
"Antes de sair da delegacia, ele me ligou e disse que ia "dar uma cana" [fazer uma prisão]. Quando vi a notícia na TV, juntei os pontos e soube que tinha sido ele. O que posso dizer agora? Perdi meu companheiro de vida."
O depoimento de Maria Isabel de Jesus Tamaki, 52, reflete o clima de emoção do velório dos policiais mortos durante a tentativa frustrada de prender Fernando Dutra Pinto, na última quarta-feira, em Barueri (Grande SP).
Tamotsu Tamaki, 46, e Marcos Amorim Bezerra, 38, foram enterrados na tarde de anteontem nos cemitérios Getsêmani e Campo Grande (ambos na zona sul da capital) respectivamente.
Maria Isabel estava casada havia seis anos com Tamaki e é escrivã no 75º DP. Apesar de tranquila -segurou o livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec durante todo o velório-, ela reclamou muito das condições de trabalho dos policiais.
Sucata
"A polícia está sucateada. São poucos funcionários trabalhando muitas horas por dia", disse.
Antes de ser investigador, Tamaki foi bancário e teve uma banca de frutas no Ceagesp. Maria Isabel era sua segunda mulher, e ele tinha uma filha, Clarissa, 17, de um primeiro casamento.
"Meu pai foi surpreendido brutalmente. Não tem explicação uma pessoa cometer um crime desses", afirmou a jovem, amparada por duas amigas.
Bezerra também tinha duas filhas, uma de 16 e uma de 10 anos.
Inconsoláveis, elas choravam tanto que, em vários momentos, tiveram que ser retiradas da sala onde estavam os caixões dos policiais.
"Meu pai só estava trabalhando; não deviam ter feito isso com ele. Eu quero que ele [Fernando Dutra Pinto" seja preso, morto", afirmou em prantos Bruna, a mais nova. Cristina, a mais velha, não conseguia nem falar.
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo, afirmou, na oportunidade, que seus subordinados agiram corretamente.
"Quando notaram que havia indícios de que era o Fernando (Dutra Pinto), eles pediram reforços, mas não deu tempo", declarou o delegado-geral.
Leia mais notícias sobre Silvio Santos
"Perdi meu companheiro", diz mulher do investigador morto
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"Antes de sair da delegacia, ele me ligou e disse que ia "dar uma cana" [fazer uma prisão]. Quando vi a notícia na TV, juntei os pontos e soube que tinha sido ele. O que posso dizer agora? Perdi meu companheiro de vida."
O depoimento de Maria Isabel de Jesus Tamaki, 52, reflete o clima de emoção do velório dos policiais mortos durante a tentativa frustrada de prender Fernando Dutra Pinto, na última quarta-feira, em Barueri (Grande SP).
Tamotsu Tamaki, 46, e Marcos Amorim Bezerra, 38, foram enterrados na tarde de anteontem nos cemitérios Getsêmani e Campo Grande (ambos na zona sul da capital) respectivamente.
Maria Isabel estava casada havia seis anos com Tamaki e é escrivã no 75º DP. Apesar de tranquila -segurou o livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec durante todo o velório-, ela reclamou muito das condições de trabalho dos policiais.
Sucata
"A polícia está sucateada. São poucos funcionários trabalhando muitas horas por dia", disse.
Antes de ser investigador, Tamaki foi bancário e teve uma banca de frutas no Ceagesp. Maria Isabel era sua segunda mulher, e ele tinha uma filha, Clarissa, 17, de um primeiro casamento.
"Meu pai foi surpreendido brutalmente. Não tem explicação uma pessoa cometer um crime desses", afirmou a jovem, amparada por duas amigas.
Bezerra também tinha duas filhas, uma de 16 e uma de 10 anos.
Inconsoláveis, elas choravam tanto que, em vários momentos, tiveram que ser retiradas da sala onde estavam os caixões dos policiais.
"Meu pai só estava trabalhando; não deviam ter feito isso com ele. Eu quero que ele [Fernando Dutra Pinto" seja preso, morto", afirmou em prantos Bruna, a mais nova. Cristina, a mais velha, não conseguia nem falar.
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo, afirmou, na oportunidade, que seus subordinados agiram corretamente.
"Quando notaram que havia indícios de que era o Fernando (Dutra Pinto), eles pediram reforços, mas não deu tempo", declarou o delegado-geral.
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