Publicidade
Publicidade
04/09/2001
-
03h27
SÉRGIO DURAN
da Folha de S. Paulo
O dinheiro do resgate do sequestro de Patrícia Abravanel, cerca de R$ 464 mil, estava no 91º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, cerca de duas horas antes do tiroteio travado entre três policiais e o sequestrador Fernando Dutra Pinto, no 10º andar do flat L'Etoile, em Barueri, Grande SP.
A informação foi dada pelo delegado-titular do 91º DP, Armando Bellio, em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, que abriu sindicância para apurar a operação policial para prender Fernando. Na ação, morreram os investigadores Tamotsu Tamaki e Marcos Amorim Bezerra. Reginaldo Garuta Nardis ficou ferido.
A conclusão preliminar da sindicância, segundo os responsáveis, delegados Eduardo Ielo e Pedro Herbella Fernandes, aponta para erro grave dos policiais. A investigação restringe-se à conduta profissional deles. Não abrange possíveis delitos cometidos.
De acordo com Ielo, as informações prestadas por todos os depoentes no caso "não batem", principalmente em relação a horários. Ontem, foram ouvidos os seguranças Edson Santos e Alberto Santos, o gerente do L'Etoile, Antônio Carlos, e a camareira Maria Gilvânia. Bellio e Nardis depuseram na semana passada.
O delegado-titular do 91º DP afirmou, em depoimento, que ficou sabendo da gravidade do tiroteio por um telefonema dado pela mulher de Nardis. O investigador teria ligado para ela do apartamento 1.004, no L'Etoile, dizendo que estava ferido.
Bellio disse que foi informado pelos seguranças do flat, por volta das 12h da última quarta-feira, de que havia um hóspede suspeito. Imediatamente, mandou uma dupla de investigadores ao local, Bezerra e Nardis. Ao chegarem no flat, eles souberam, pela camareira, que o sequestrador guardava muitas armas no apartamento.
Às 14h, aproximadamente, Bellio e Tamaki chegaram juntos ao L'Etoile, e, com as informações, entraram no apartamento 1.004 e retiraram o dinheiro do resgate. O delegado voltou para o 91º DP. Tamaki ficou para fazer campana.
De acordo com a Corregedoria, Bellio afirmou que até então não pensava que o dinheiro era o pagamento do resgate. Isso só foi ocorrer por volta das 16h, quando ligou para a Deas (Delegacia Anti-Sequestro).
"Continuamos sem saber porque ele não pediu reforço ou comunicou a delegacia local. Por isso, o Bellio terá de ser ouvido novamente", disse Fernandes.
Reconstituição
O delegado-titular da seccional de Carapicuíba (Grande SP), Luiz Alberto de Souza Ferreira, afirmou ontem que o investigador Waldemar Francisco, da sua equipe, não é o porta-voz da família de Fernando Dutra Pinto.
Segundo ele, Francisco estava em diligência na casa do pai do sequestrador, na zona leste, e assumiu o papel de porta-voz "por pressão da imprensa".
Leia mais no especial sobre Silvio Santos
Dinheiro do sequestro de Patrícia foi para o 91º DP antes do tiroteio
Publicidade
da Folha de S. Paulo
O dinheiro do resgate do sequestro de Patrícia Abravanel, cerca de R$ 464 mil, estava no 91º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, cerca de duas horas antes do tiroteio travado entre três policiais e o sequestrador Fernando Dutra Pinto, no 10º andar do flat L'Etoile, em Barueri, Grande SP.
A informação foi dada pelo delegado-titular do 91º DP, Armando Bellio, em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, que abriu sindicância para apurar a operação policial para prender Fernando. Na ação, morreram os investigadores Tamotsu Tamaki e Marcos Amorim Bezerra. Reginaldo Garuta Nardis ficou ferido.
A conclusão preliminar da sindicância, segundo os responsáveis, delegados Eduardo Ielo e Pedro Herbella Fernandes, aponta para erro grave dos policiais. A investigação restringe-se à conduta profissional deles. Não abrange possíveis delitos cometidos.
De acordo com Ielo, as informações prestadas por todos os depoentes no caso "não batem", principalmente em relação a horários. Ontem, foram ouvidos os seguranças Edson Santos e Alberto Santos, o gerente do L'Etoile, Antônio Carlos, e a camareira Maria Gilvânia. Bellio e Nardis depuseram na semana passada.
O delegado-titular do 91º DP afirmou, em depoimento, que ficou sabendo da gravidade do tiroteio por um telefonema dado pela mulher de Nardis. O investigador teria ligado para ela do apartamento 1.004, no L'Etoile, dizendo que estava ferido.
Bellio disse que foi informado pelos seguranças do flat, por volta das 12h da última quarta-feira, de que havia um hóspede suspeito. Imediatamente, mandou uma dupla de investigadores ao local, Bezerra e Nardis. Ao chegarem no flat, eles souberam, pela camareira, que o sequestrador guardava muitas armas no apartamento.
Às 14h, aproximadamente, Bellio e Tamaki chegaram juntos ao L'Etoile, e, com as informações, entraram no apartamento 1.004 e retiraram o dinheiro do resgate. O delegado voltou para o 91º DP. Tamaki ficou para fazer campana.
De acordo com a Corregedoria, Bellio afirmou que até então não pensava que o dinheiro era o pagamento do resgate. Isso só foi ocorrer por volta das 16h, quando ligou para a Deas (Delegacia Anti-Sequestro).
"Continuamos sem saber porque ele não pediu reforço ou comunicou a delegacia local. Por isso, o Bellio terá de ser ouvido novamente", disse Fernandes.
Reconstituição
O delegado-titular da seccional de Carapicuíba (Grande SP), Luiz Alberto de Souza Ferreira, afirmou ontem que o investigador Waldemar Francisco, da sua equipe, não é o porta-voz da família de Fernando Dutra Pinto.
Segundo ele, Francisco estava em diligência na casa do pai do sequestrador, na zona leste, e assumiu o papel de porta-voz "por pressão da imprensa".
Leia mais no especial sobre Silvio Santos
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice