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07/10/2001
-
19h48
GABRIELLA ESPER
da Folha Online
Os paulistanos já temem o impacto negativo na economia brasileira devido à ofensiva militar dos Estados Unidos contra o Afeganistão.
Na noite deste domingo, em um shopping de São Paulo, as opiniões se dividiam sobre um possível apoio oficial do Brasil aos EUA: boa parte dos ouvidos pela Folha Online nada sabia sobre o ataque norte-americano, porém não se mostraram surpresos com a notícia.
"É compreensível que os EUA ataquem o Afeganistão, mas acho que eles não são santos, pois financiaram várias guerras", disse a estudante Daniela Ferreira, 21, que não sabia da ofensiva norte-americana, iniciada seis horas antes.
A estudante disse temer consequências econômicas ruins para o Brasil e acha "errado" o país oficializar apoio aos EUA.
Essa também foi a opinião das estudantes Juliana de Almeida Camargo, 17, e Fabíola Analu Alves, 16, que acham que o Brasil não deve enviar tropas militares para a região dos conflitos.
A psicóloga e assistente social Elie Claro, 54, também não concordou com o apoio oficial brasileiro. "O Brasil não tem identidade para apoiar os EUA", disse. Segundo ela, "a violência que acontece em cada esquina em São Paulo é mais forte que qualquer tipo de guerra."
A psicóloga disse acreditar, no entanto, que os ataques ao Afeganistão foram uma reação norte-americana para estabelecer "um limite".
Essa opinião é semelhante a do estudante Ricardo Furtado Mendonça, 24, que julga necessário a destruição das bases militares afegãs. "Acho que tinha que ser feito algo, mas não sei se essa foi a melhor maneira", disse.
Edgard da Silva Garcia, 21, estudante, afirma que o apoio brasileiro aos EUA é "interessante".
"Economicamente é bom." Assim como Mendonça, ele acredita que o Brasil deve apoiar os EUA pois o presidente George W. Bush "pode até se virar contra nós [Brasil] e cortar as relações com o país".
O início de uma 3ª Guerra Mundial está descartado na opinião da enfermeira Elisabete Oliveira. De acordo com ela, que também não sabia sobre o bombardeio dos Estados Unidos ao Afeganistão, "as pessoas ficam questionando o inicio de uma nova guerra, mas o Afeganistão está na corda bamba".
Leia mais no especial sobre os ataques dos EUA ao Afeganistão
Leia mais no especial sobre Taleban
Leia mais no especial sobre Paquistão
Leia mais sobre os reflexos na economia
Paulistano teme "bombardeio" na economia do Brasil
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Os paulistanos já temem o impacto negativo na economia brasileira devido à ofensiva militar dos Estados Unidos contra o Afeganistão.
Na noite deste domingo, em um shopping de São Paulo, as opiniões se dividiam sobre um possível apoio oficial do Brasil aos EUA: boa parte dos ouvidos pela Folha Online nada sabia sobre o ataque norte-americano, porém não se mostraram surpresos com a notícia.
"É compreensível que os EUA ataquem o Afeganistão, mas acho que eles não são santos, pois financiaram várias guerras", disse a estudante Daniela Ferreira, 21, que não sabia da ofensiva norte-americana, iniciada seis horas antes.
A estudante disse temer consequências econômicas ruins para o Brasil e acha "errado" o país oficializar apoio aos EUA.
Essa também foi a opinião das estudantes Juliana de Almeida Camargo, 17, e Fabíola Analu Alves, 16, que acham que o Brasil não deve enviar tropas militares para a região dos conflitos.
A psicóloga e assistente social Elie Claro, 54, também não concordou com o apoio oficial brasileiro. "O Brasil não tem identidade para apoiar os EUA", disse. Segundo ela, "a violência que acontece em cada esquina em São Paulo é mais forte que qualquer tipo de guerra."
A psicóloga disse acreditar, no entanto, que os ataques ao Afeganistão foram uma reação norte-americana para estabelecer "um limite".
Essa opinião é semelhante a do estudante Ricardo Furtado Mendonça, 24, que julga necessário a destruição das bases militares afegãs. "Acho que tinha que ser feito algo, mas não sei se essa foi a melhor maneira", disse.
Edgard da Silva Garcia, 21, estudante, afirma que o apoio brasileiro aos EUA é "interessante".
"Economicamente é bom." Assim como Mendonça, ele acredita que o Brasil deve apoiar os EUA pois o presidente George W. Bush "pode até se virar contra nós [Brasil] e cortar as relações com o país".
O início de uma 3ª Guerra Mundial está descartado na opinião da enfermeira Elisabete Oliveira. De acordo com ela, que também não sabia sobre o bombardeio dos Estados Unidos ao Afeganistão, "as pessoas ficam questionando o inicio de uma nova guerra, mas o Afeganistão está na corda bamba".
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