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07/07/2000
-
20h57
da Sucursal do Rio
Vinte e sete dias após o sequestro do ônibus da linha 174, que acabou provocando a criação do movimento nacional contra a violência, o corpo do sequestrador, identificado pela polícia como Sandro do Nascimento, ainda não foi enterrado. Continua guardado numa das geladeiras do IML, no centro do Rio.
A liberação do corpo do ex-menino de rua e sobrevivente da chacina da Candelária, em julho de 1993, tem sido dificultada pelas dúvidas sobre sua verdadeira identidade e por uma série de entraves burocráticos.
No dia 12 de junho, Sandro manteve 10 pessoas como reféns por quase cinco horas e acabou morto por policiais, por asfixia, depois de matar, com três tiros, a professora Geísa Gonçalves.
Em tese, Sandro poderia ter sido enterrado por qualquer pessoa que reclamasse o corpo, caso no prazo de 72 horas depois de sua morte nenhum parente aparecesse para fazê-lo. Se não houvesse ninguém, o Estado o enterraria como indigente.
A única pessoa a reclamar o corpo foi a faxineira Elza da Silva, 45, que dizia ser mãe de Sandro, a quem identificava como Alessandro Silva. Por exigência da delegada Martha Rocha, que investiga o sequestro, Elza se submeteu a um exame de DNA, que deu negativo. Mesmo assim, ela vem insistindo em enterrar Sandro.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informa que o corpo ainda não tinha sido liberado porque a delegada Martha Rocha queria conversar de novo com Elza.
O impasse fez com que a advogada Cristina Leonardo, diretora do Centro Brasileiro da Criança e do Adolescente, tomasse a iniciativa de realizar o enterro. Mas o atestado de óbito não pode ser liberado sem autorização de um juiz.
Hoje, ela entrou com uma petição informando o motivo da demora. No atestado de óbito vão constar apenas as palavras: "Um homem de cor negra."
Depois do caso do ônibus 174, qual seria a melhor solução para evitar cenas como aquelas? Vote
Clique aqui para ler toda a cobertura do caso na página especial Pânico no Rio
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Corpo de sequestrador do ônibus 174 continua no IML
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Vinte e sete dias após o sequestro do ônibus da linha 174, que acabou provocando a criação do movimento nacional contra a violência, o corpo do sequestrador, identificado pela polícia como Sandro do Nascimento, ainda não foi enterrado. Continua guardado numa das geladeiras do IML, no centro do Rio.
A liberação do corpo do ex-menino de rua e sobrevivente da chacina da Candelária, em julho de 1993, tem sido dificultada pelas dúvidas sobre sua verdadeira identidade e por uma série de entraves burocráticos.
No dia 12 de junho, Sandro manteve 10 pessoas como reféns por quase cinco horas e acabou morto por policiais, por asfixia, depois de matar, com três tiros, a professora Geísa Gonçalves.
Em tese, Sandro poderia ter sido enterrado por qualquer pessoa que reclamasse o corpo, caso no prazo de 72 horas depois de sua morte nenhum parente aparecesse para fazê-lo. Se não houvesse ninguém, o Estado o enterraria como indigente.
A única pessoa a reclamar o corpo foi a faxineira Elza da Silva, 45, que dizia ser mãe de Sandro, a quem identificava como Alessandro Silva. Por exigência da delegada Martha Rocha, que investiga o sequestro, Elza se submeteu a um exame de DNA, que deu negativo. Mesmo assim, ela vem insistindo em enterrar Sandro.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informa que o corpo ainda não tinha sido liberado porque a delegada Martha Rocha queria conversar de novo com Elza.
O impasse fez com que a advogada Cristina Leonardo, diretora do Centro Brasileiro da Criança e do Adolescente, tomasse a iniciativa de realizar o enterro. Mas o atestado de óbito não pode ser liberado sem autorização de um juiz.
Hoje, ela entrou com uma petição informando o motivo da demora. No atestado de óbito vão constar apenas as palavras: "Um homem de cor negra."
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